Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você

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Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você faz uma viagem por mundos desconhecidos, mundos a serem descobertos.Este blog tem como objetivo a troca de informação literaria, a troca de conhecimento sobre livros. O blog tem em sua maxima, indicar e receber em suas paginas indicações de livros. Formando assim um forum literario de debate e incentivo a leitura. De sua sugestão, sua indicação...vamos fazer da leitura um prazer em nosso cotidiano.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Para se Viver um Grande Amor!!!


Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.


Texto extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1984, pág. 130.

Vinicius de Moraes

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Islam Pop, de Cat Stevens a Yusuf Islam


Yusuf Islam, anteriormente conhecido pelo nome artístico de Cat Stevens (Londres, 21 de Julho de 1948) é um ex-cantor e compositor britânico. Seu nome completo é Stephen Demetre Georgiou. Seu pai é de origem grego-cipriota e sua mãe, de origem sueca. Vendeu 40 milhões de álbuns, principalmente entre as décadas 1960 e 1970. Em 1971, escreveu a trilha sonora do filme Harold and Maude (no Brasil: “Ensina-me a Viver”). Entre suas canções mais populares estão “Morning Has Broken”, “Peace Train”, “Moonshadow”, “Wild World”, “Matthew and Son” e “Oh Very Young”.
Stevens converteu-se ao Islão e abandonou a música em 1978, após a sua segunda experiência próxima à morte. Em 1975, pouco depois do lançamento do disco Numbers, quase se afogou enquanto estava na praia.
Desde então passou a se dedicar a atividades beneficentes e educacionais em prol da religião. Toma muito cuidado quanto ao uso de suas músicas. Muitas delas dissertam a respeito de temas de sua vida anterior à conversão, e Stevens não quer mais ser associado a eles. Não surpreende que nunca tenha permitido que qualquer de suas canções fosse usada em comerciais de televisão. Apesar de estar há quase 30 anos afastado da indústria musical, os trabalhos anteriores como Cat Stevens continuam vendendo uma média de 1,5 milhão de discos por ano.
Criou seu próprio selo fonográfico, a Ya Records, pelo qual já produziu dez discos de música religiosa e espiritual. Fundou três escolas muçulmanas em Londres e uma organização sem fins lucrativos, Small Kindness, reconhecida pela ONU e através da qual presta ajuda aos órfãos de conflitos como Bósnia, Kosovo e Iraque.
Em 2004, o departamento de Segurança Interna dos EUA impediu a entrada dele no país, após incluí-lo na lista de vigilância por atividades provavelmente relacionadas ao terrorismo.
Em Março de 2005 ele lançou “Indian Ocean”, sobre o tsunami de 2004 no Oceano Índico, que em 26 de Dezembro de 2004 atingiu vários países, com o objetivo de ajudar os órfãos de Banda Aceh, na Indonésia, uma das áreas mais afetadas pelo tsunami.
Em 2006, anunciou a sua volta à música pop, com o disco An Other Cup, a ser lançado em 28 de novembro, coincindindo com o 40º aniversário de lançamento do seu primeiro álbum.