Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você

Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você
Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você faz uma viagem por mundos desconhecidos, mundos a serem descobertos.Este blog tem como objetivo a troca de informação literaria, a troca de conhecimento sobre livros. O blog tem em sua maxima, indicar e receber em suas paginas indicações de livros. Formando assim um forum literario de debate e incentivo a leitura. De sua sugestão, sua indicação...vamos fazer da leitura um prazer em nosso cotidiano.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sabedoria do Guerreiro

"Dai ao tolo mil inteligências, e ele não quererá senão a tua", diz o provérbio árabe. Quando o guerreiro da luz começa a plantar o seu jardim, repara que o vizinho está ali, espiando. Ele gosta de dar palpites sobre como semear as ações, adubar os pensamentos, regar as conquistas. Se o guerreiro der atenção ao que ele está dizendo, terminará fazendo um trabalho que não é o seu; o jardim que agora cuida será idéia do vizinho. Mas um verdadeiro guerreiro da luz sabe que cada jardim tem seus mistérios, que só a mão paciente do jardineiro é capaz de decifrar. Por isso, prefere concentrar-se no sol, na chuva, nas estações. Sabe que o tolo que espia por cima da cerca para dar palpites sobre o jardim alheio, não está cuidando de suas plantas."


Manual do Guerreiro da Luz

sábado, 16 de junho de 2012


E tudo mudou...


O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss


O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone


A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM


A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse


Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal


Ninguém mais vê...


Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service


A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão


O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD


A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email


O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street


O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também


O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike


Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato


Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...


A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!


A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...


... De tudo.


Inclusive de notar essas diferenças
Luis Fernando Veríssimo

sexta-feira, 15 de junho de 2012


O demônio conversava com seus amigos, quando notaram um homem caminhando por uma estrada. Acompanharam seu trajeto com os olhos, e viram que ele abaixou-se para pegar algo no chão.
“O que ele encontrou?”, perguntou um dos amigos.
“Um pedaço da verdade”, respondeu o demônio.
Os amigos ficaram preocupadíssimos. Afinal de contas, um pedaço da verdade poderia salvar a alma daquele homem – e seria menos um no inferno. Mas o demônio continuava imperturbável, olhando a paisagem.
“Você não se preocupa?”, disse um dos seus companheiros. “Ele achou um pedaço da verdade!”
“Não me preocupo”, respondeu o demônio. “Sabe o que ele fará com este pedaço? Como sempre, vai criar uma nova religião. E conseguirá afastar mais pessoas da verdade total”.

quinta-feira, 14 de junho de 2012


Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos.
Ele respondeu:
A Política, sem princípios;
o Prazer, sem compromisso;
a Riqueza, sem trabalho;
a Sabedoria, sem caráter;
os negócios, sem moral;
a Ciência, sem humanidade;
a Oração, sem caridade.
A vida me ensinou:
que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável,
que as pessoas são tristes, se estou triste,
que todos me querem, se eu os quero,
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo,
que o mundo está feliz, se eu estou feliz,
que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri
para o espelho, ele sorri de volta.
A atitude que eu tomar perante a vida é
a mesma que a vida vai tomar perante mim.
"Quem quer ser amado, ame!"
O caminho para a felicidade não é reto.
Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS,
existem semáforos chamados AMIGOS,
luzes de cautela chamadas FAMÍLIA,
e tudo se consegue se tens:
um estepe chamado DECISÃO,
um motor poderoso chamado AMOR,
um bom seguro chamado FÉ,
combustível abundante chamado PACIÊNCIA,
mas, acima de tudo, um motorista habilidoso chamado  DEUS..
Que todos nós possamos ter em nossos corações a compaixão.
Fiquem com DEUS!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Psiu, Você Acredita em Deus, Pois é, Ele Acredita!





A famosa frase de Machado de Assis, “unir as duas pontas da vida”, é um ótimo jeito de descrever o livro “A Linguagem de Deus”, do biólogo e médico americano Francis Collins. Aqui, porém, as duas pontas não são a juventude e a velhice citadas por Machado, mas dois domínios da experiência humana que vivem separados, isso quando não batem cabeça de forma agressiva: a ciência e a religião. O resultado desse esforço, lançado recentemente em edição brasileira, pode não convencer os céticos, mas transpira coragem, decência e lirismo.
O tom do livro, altamente pessoal, reflete a própria luta interior de Collins (chefe do grandioso Projeto Genoma Humano), que passou de ateu a cristão convicto já na idade adulta, ao concluir seu doutorado. Tentando romper a cortina de séculos de preconceito e desconfiança mútuos que freqüentemente separam as pessoas de fé dos cientistas, Collins quer usar a própria trajetória para mostrar que é possível compreender as verdades factuais sobre a origem do Universo e da vida e, ao mesmo tempo, viver uma crença religiosa profunda.
O que Collins propõem, e aqui está o lado audacioso do livro, não é só uma trégua entre as duas visões de mundo. Ele diz que é possível uni-las num todo harmonioso, cuja validade pode até não ser passível de prova como uma teoria científica, mas que tem uma base fundamentalmente racional.
Examinando os dados
“Racional”, de fato, é a palavra a ser usada. Collins revela, para a provável surpresa de muitos desavisados, que descobriu a fé de forma totalmente diferente da maioria das pessoas. Criado numa família não-religiosa (ele e seus irmãos freqüentaram o coral da igreja com recomendações expressas de “aprender música e não prestar muita atenção no que era pregado”), ele descobriu o fascínio da ciência quando era adolescente, tornando-se primeiro agnóstico e depois abertamente ateu.
Porém, ao cursar medicina, Collins se viu mais e mais surpreendido pela fortaleza espiritual das pessoas com uma crença, mesmo diante das piores tragédias. De repente, ele se deu conta de que nunca havia aplicado a mesma abertura de pensamento que tinha aprendido como cientista à questão da fé. Em outras palavras, Collins negou-se a examinar as possíveis evidências contra ou a favor da religião — coisa que, segundo ele, foi uma atitude indigna de um verdadeiro cientista.
Diante desse dilema, acabaram chegando às mãos de Collins os escritos de C.S. Lewis, romancista norte-irlandês e cristão convertido que fez uma defesa apaixonada da crença em Deus como uma atitude racional. O jovem ateu se sentiu especialmente tocado pelo argumento da “lei moral” proposto por Lewis: a busca pela maneira correta de viver, mesmo que em detrimento do nosso próprio bem-estar, seria algo inexplicável sem levar em conta a ação de Deus no coração humano.
Presente em todas as culturas humanas, esse anseio por uma força moral “fora” de nós é, para Lewis – e, após sua conversão, também para Collins -, o mais próximo que se pode chegar de uma “prova” da existência de Deus. Ele é humilde o suficiente para reconhecer que a razão, sozinha, não é suficiente para confirmar esse tipo de crença, mas diz que ela não é inconsistente com o fato de que o nosso Universo, regido por leis finamente ajustadas e favoráveis à vida, poderia ser considerado a obra-prima de uma mente divina.
Em defesa de Darwin
Collins, porém, não vê a fé em Deus como uma desculpa para o fundamentalismo. É por isso que ele se dispõe a uma defesa corajosa das descobertas que a biologia moderna, em especial a biologia molecular, sua especialidade, fizeram a respeito do longo processo de evolução que deu origem ao homem.
Para o pesquisador, o fato de que biologicamente somos aparentados a todas as outras formas de vida na Terra, compartilhando muito de nosso DNA com os chimpanzés e até com as humildes moscas-das-frutas, é prova cabal de que a teoria da evolução do naturalista Charles Darwin ainda vale. Por isso, Collins rejeita tanto o criacionismo – a idéia de que o mundo e as espécies vivas foram criados em seis dias, como diz o relato bíblico do Gênese – quanto o chamado design inteligente. Essa corrente de pensamento, popular entre cristãos e alguns cientistas renegados americanos, propõe que algumas estruturas dos seres vivos são tão complexas que jamais poderiam surgir por meio da evolução gradual – teriam sido projetadas diretamente por um ser inteligente.
Como bem aponta Collins, o design inteligente é má ciência e má teologia. É má ciência por argumentar a partir da ignorância: só porque hoje não há uma explicação consolidada sobre, por exemplo, o surgimento dos flagelos (“caudas” natatórias) das bactérias, isso não significa que a ciência não achará essa explicação. E é má teologia por imaginar que Deus – o “ser inteligente” por trás dos argumentos do design inteligente – seria um artesão descuidado, que precisa o tempo todo corrigir sua criação “no braço” para que ela funcione.
A alternativa de Collins – o BioLogos, junção de biologia e “Logos”, o Verbo divino que, segundo a tradição cristã, teria criado o mundo – traz a idéia de que Deus teria estabelecido as regras do Universo desde seu princípio, de maneira que, na plenitude do tempo, pudessem evoluir seres que fossem capazes de encontrar a “lei moral” e buscar um relacionamento com o próprio Criador.
Essa visão pode ou não parecer coerente, e talvez seu apelo esteja limitado àqueles que já possuem uma crença. Mas é impossível ignorar a generosidade de Collins, em seu pedido para que duas facetas tão importantes da vida humana, a fé e a ciência, deixem de se considerar mutuamente excludentes.

Hora De Recomeçar


Não importa aonde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma chance a si mesmo...
É renovar as esperanças na vida e o mais importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado...
Chorou muito?
Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É porque você fechou as portas até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da sua melhora...
Pois é...
Agora é hora de reiniciar...
De pensar na luz...
De encontrar prazer nas coisas mais simples de novo...
Que tal um novo emprego?
Um corte de cabelo arrojado...
Diferente?
Um novo curso...
Ou aquele velho desejo de aprender a pintar...
Desenhar...
Dominar o computador...
Ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...
Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus, o esperando.
Está se sentindo sozinho?
Besteira...
Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"...
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza...
Nem nós mesmos nos suportamos...
Ficamos horríveis...
O mal humor vai comendo nosso fígado...
Até a boca fica amarga!
Recomeçar...
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Ir alto...
Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor...
Queira coisas boas para a vida...
Pensando assim trazemos para nós aquilo que desejamos...
Se pensamos pequeno...
Coisas pequenas teremos...
Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é o hoje o dia da faxina mental...
Joga fora tudo que te prende ao passado...
Ao mundinho de coisas tristes...
Fotos...
Peças de roupa, papel de bala...
Ingressos de cinema, bilhete de viagens...
E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados...
Jogue tudo fora...
Mas, principalmente, esvazie seu coração...
Fique pronto para a vida...
Para um novo amor...
Lembre-se: somos apaixonáveis...
Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
Afinal de contas...
Nós somos o "Amor".
"Sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura".

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 12 de junho de 2012

Opinião: Enquanto Isto, Na Síria...


O olhar ocidental sobre a tirania tem uma história de evolução. Quer dizer, por mais que esta pareça uma afirmação etnocêntrica, é óbvio que existe um senso-comum que condena regimes autoritários, antidemocráticos e que se baseiam na ausência de respeito aos direitos humanos. É por isso que aos olhos das potências ocidentais (e na visão das pessoas que vivem sob regimes democráticos ocidentais) a prática do presidente sírio é absurda. E é mesmo.



No entanto, já há quem comece a relativizar a situação. Não é o meu caso, definitivamente. Mas não custa fazer um exame da realidade atual da Síria. Moeda desvalorizada, economia parada, congelamento de parte importante da fonte de renda nacional por conta da interrupção do fluxo de turistas, aumento do desemprego e o rebaixamento das reservas cambias ao nível mínimo. Guerra é prejuízo. Guerra civil é ainda pior. E a guerra civil existe por conta deste momento de instabilidade que já dura um ano e que não tem data para terminar.



Como escrevi outras vezes, o Estado sírio corre riscos sérios. Não apenas pela possibilidade real de divisões étnicas e religiosas – mantidas sufocadas pelo regime Assad –, mas porque o terrorismo fundamentalista se alimenta de circunstâncias assim. O sucessor de Osama bin Laden na al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, convocou guerrilheiros islâmicos de todo o mundo para derrubar Bashar al-Assad.



Se a ameaça de invasão de terroristas é iminente – e já está acontecendo – , a possibilidade de derrubada de Assad (mesmo que por tropas ocidentais, algo que me parece muito improvável) tampouco garantiria estabilidade. A lição da Líbia é recente; e os acontecimentos que sucederam a morte de Kadafi podem ocorrer novamente. Na Líbia, os chamados “rebeldes” nada mais eram do que um amontoado de gente: ex-membros do governo e radicais islâmicos das mais variadas vertentes. O Ocidente os ajudou muito por conta do erro estratégico das décadas de silêncio e cumplicidade com as ditaduras árabes. No entanto, a morte de Kadafi não trouxe estabilidade para a Líbia, muito pelo contrário.



Este enredo tem tudo para se repetir na Síria. Mas com cores muito mais fortes. Estrategicamente, a falência do Estado sírio é bem mais grave do que a falência líbia. Deixar que a Síria se desmembre numa guerra étnica sem data para terminar será tão grave quanto os piores anos de conflitos no Iraque pós-Saddam. A movimentação de guerrilheiros no interior de Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque a caminho da Síria é um sinal de alerta: a manutenção do status-quo de impasse absoluto não é uma alternativa viável para encarar o problema sírio.

Feliz Dia Dos Namorados!!


Namorado: Ter ou nao ter, é uma questão (Carlos Drummond de Andrade)

Quem nao tem namorado é alguém que tirou férias nao remuneradas de si
mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado
de verdade é muito raro. Necessita de adivinhaçao, de pele, de saliva,
lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixao é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.
Namorado nao precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer
proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase
desmaia pedindo proteçao. A proteçao dele nao precisa ser parruda,
decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensao ou mesmo de
afliçao.
Quem nao tem namorado nao é quem nao tem um amor: é quem nao sabe o
gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode nao ter namorado.
Nao tem namorado quem nao sabe o gosto da chuva, cinema sessao das duas,
medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Nao tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Nao tem namorado quem faz
pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Nao tem namorado quem nao sabe o valor de maos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue
de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico
Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Nao tem namorado quem nao gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Nao tem namorado quem nao gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Nao
tem namorado quem nao redescobre a criança própria e a do amado e sai
com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical na Metro.
Nao tem namorado quem nao tem música secreta com ele, quem nao dedica
livros, quem nao recorta artigos, quem nao chateia com o fato de o seu
bem ser paquerado. Nao tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem
curtir; quem curte sem aprofundar. Nao tem namorado quem nunca sentiu o
gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou
meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Nao tem namorado quem
ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigaçoes; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Nao tem
namorado quem confunde solidao com ficar sozinho. Nao tem namorado quem
nao fala sozinho, nao ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você nao tem namorado porque nao descobriu que o amor é alegre e você
vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve,
aquela de chita e passeie de maos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricçoes
de esperança. De alma escovada e coraçao estouvado, saia do quintal de
si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua
janela.
Ponha intençoes de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de
fada. Ande como se o chao estivesse repleto de sons de flauta e do céu
descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você nao tem namorado é porque ainda nao enlouqueceu aquele pouquinho
necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Enlou-cresça. 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Metade das belezas do mundo estão em Isfahan, reza lenda


Reza a lenda que o poeta francês Mathurin de Reignier ficou tão encantado quando visitou Isfahan, no século 16, que ele disse ter enxergado na cidade metade das belezas do universo.


Foi assim que Isfahan começou a ser chamada "metade do mundo", apelido usado até os dias de hoje para designar a capital turística e artística iraniana.
Há quem sustente que a cidade possui a mesma importância para a humanidade que Roma ou Atenas. A Unesco a tombou como patrimônio mundial.
O que torna Isfahan tão especial é ao mesmo tempo a grandeza arquitetônica e a riqueza da arte islâmica estampada em incontáveis lugares.
Além disso, quase todas as ruas são arborizadas e floridas, o que confere um aconchego inexistente na maioria das aglomerações iranianas.
Encanto em cada face
O ponto alto de Isfahan é a praça Real, também conhecida como praça Imã, um retângulo de meio quilômetro de extensão que tem um encanto em cada face.
Deixe para conhecer a praça no fim de tarde, quando casais e famílias estendem lençóis na grama para relaxar ou fazer um piquenique.
Comece o tour pelo lado sul do retângulo, onde fica a mesquita Imã (século 17). Com sua monumental elegância e delicados mosaicos, é tida como uma obra-prima da engenharia islâmica.
O domo dourado de outra mesquita, conhecida como Xeque Lotfollah, se destaca na frente leste. Menor e mais refinada que a Imã, tem arabescos e motivos florais que mudam de cor em função da luz do dia. É considerada a mais bela mesquita do Irã.
Marina Mesquita/Folhapress
Vista da praça Real, ou praça Imã, em Isfahan; praça tem meio quilômetro
Vista da praça Real, ou praça Imã, em Isfahan; praça tem meio quilômetro
Em frente à Xeque Lotfollah fica o palácio Ali Qapu, onde é possível subir num terraço e, de lá, ter a melhor vista da praça.
Ao norte fica a entrada do bazar de Isfahan, que tem o melhor do artesanato local. Os preços são mais altos que nas outras cidades, mas as peças são também as mais refinadas e variadas.
Outro ponto alto da cidade são as pontes com arcos que cortam o rio Zayandeh, algumas das quais eram também usadas como barragens. Moradores costumam se reunir ao anoitecer sob os arcos para recitais de poesia.
Isfahan abriga comunidades zoroástrica, judaica e cristã. No bairro armênio, há uma bonita igreja e um museu da presença cristã em Isfahan.
A cidade tem ainda refinados jardins e pátios floridos.