terça-feira, 27 de maio de 2014
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Belfast, Um Sonho!!
Mercado Ste George Belfast |
Mural em Belfast |
City Hall |
Visitamos o City Hall e o centro da cidade. Há muitas lojas daGuinness aqui para satisfazer os turistas iguais a mim. Eu que não sou uma pessoa muito consumista fiquei maluco aqui…a minha vontade era de comprar tudo! No final das contas comprei uma caneca térmica e uma mochila linda – ambas da Guinness, óbvio! Eram tantos os produtos e tão curta a grana que ficou por isso mesmo.
Memorial aos lutadores do Ira |
Para reabastecer, fomos até um pub bem bacaninha para tomar umaGuinness – olha a minha cara de felicidade! No pub, a maioria do público eram homens de meia-idade, o que me deixou bastante intrigado. Saímos de lá para comer algo na casa da carla, minha amiga, que tinha deixado a chave conosco, dizendo, "aproveite Belfast", era exatamente o que estavamos fazendo...Belfast me impressiona, talvez por sua história de luta e resistência, acho que meu lado rebelde se aflora ao andar pelas ruas desta cidade que exalam história.No caminho do lanche, ela decidiu me mostrar a Universidade, já que o prédio é lindo e de noite fica todo iluminado. Bonito demais!
Bar tradicional em Belfast |
No dia seguinte, fomos à um lançamento de CD de música irlandesa.como já havia dito, a minha amiga fala irlandês e faz parte da pequena comunidade em Belfast. Lá todos se conhecem e se ajudam. Obviamente todos sabiam que eu não era e lá e logo vieram perguntar para a Brit o que eu estava fazendo ali – em irlandês. Eu não entendia lhufas do que eles diziam, a não ser a parte que dava pra entender o “Brasil”, daí sabia que estavam falando de mim. Agora dinheiro acabando, pronto para ir para Dublim, afinal não posso perder o foco de ondo vou ficar no futuro, hora de voltar para casa...na terra do Titanic, eu estava afundando, sem dinheiro...kkk..
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Pascoa Judaica - Pessach Uma Travessia
Não há tantos judeus quanto se imagina, mas como eles aparecem! Na minha adolescência eu já conseguia distinguir os judeus gastronômicos (aqueles que adoram de “guefilte fish” e “hering”), dos ufanistas (que contam o número de prêmios Nobel conquistados pelos judeus e os comparam com os recebidos por outros povos), assim como os os poilishers (oriundos da Polônia) dos litvishers (oriundos da Lituânia) pelo sotaque.
Mais tarde soube que havia os sefaradim e os ashkenazim , os esquerdistas e os direitistas, os moradores do tradicional bairro do Bom Retiro e os do supostamente aristocrático Higienópolis, e assim por diante. A história do náufrago que vivia sozinho numa ilha e que construiu duas sinagogas (pois precisava ter uma em que nunca pisaria) parece piada, mas não é: o judeu pode não saber com clareza a favor do que ele é, mas não tem dificuldade em saber contra o que deve se colocar.
Não é absurdo imaginar que isso decorra do fato de as leis judaicas falarem mais de proibições do que de ações recomendadas, mais de punições do que de elogios. Curioso que Deus, quando se manifesta aos judeus, geralmente reprime, embora para terceiros tenha por hábito elogiar aquela povo, chamando-o de eleito e tudo o mais. Vá entender...
Pensando bem, dá para entender. Afinal, não é assim também que faz a mãe judaica, nos endeusando para os outros (particularmente para outras mães judaicas) e lembrando, quando fala conosco, de como não sabemos fazer as coisas direito e somos fracos, incompletos e dependentes (dela, com toda certeza)?
Tudo isso deve ter desenvolvido nossa capacidade de responder à altura, desenvolver argumentos, exercer a dialética. Quem já frequentou uma escola rabínica sabe a balbúrdia que é aquele bando de jovens debatendo cada passagem bíblica, buscando um sentido novo em cada frase, desvendando cada palavra, interpretando incessantemente e em voz alta o conteúdo que a um leigo pareceria simples e evidente. Seria a enorme presença de advogados judeus nos EUA uma outra extensão dessa habilidade desenvolvida desde criança como instinto de sobrevivência diante da esmagadora e onisciente ídishe mame?
Tudo isso para dizer que o Pessach, a Páscoa judaica é uma comemoração única. Aparentemente ela registra “a saída dos judeus do Egito”. Mas, como apreciamos argumentar começamos: Que judeus?
Historiadores, mesmo os mais tendenciosos, não conseguiram encontrar nenhuma evidência da ida, ou mesmo da presença de judeus no Egito, daí ser difícil falar de sua saída. Consideramos a Travessia um mito de criação, desses que todos os povos, nações, religiões e etnias têm (quase todos os grandes fundadores nasceram de forma diferenciada – vejam os casos de Moises, Jesus, Rômulo e Remo, por exemplo – tiveram, ainda jovens, sua vida ameaçada e não viveram o suficiente para ver sua obra frutificar). O que parece aceitável é que grupos saídos do Egito tenham se constituído como povo no deserto, e se organizado em clãs, ou tribos, como era usual na época. Posteriormente, por volta do ano 1000 A. e.c. as tribos se unificaram formando um ou dois reinos, geralmente frágeis, porque estabelecidos entre os dois grandes impérios do Médio Oriente, Egito e Mesopotâmia.
Ainda há os que pensam que o judaísmo de hoje deveria ser o mesmo que o do Templo de Jerusalém. Para esses deve-se chorar para sempre as destruições do Templo de Jerusalém, tanto a de 586 A.e.c., perpetrada por Nabucodonossor, quanto a do ano 70 E.C, pelas mãos do romano Tito, suposto inicio da Diáspora. Pessach, para a classe sacerdotal deve ser um tributo doméstico à hierarquia religiosa. Difícil, hoje em dia, a volta de um Templo, como braço religioso do poder político, fazendo sacrifícios de animais, restaurando o poder sacerdotal e tendo funções arrecadadoras, como o antigo. Sua reinstauraçao é uma idéia tão anacrônica que sequer fundamentalistas judeus a defendem seriamente.
Gosto da definição segundo a qual um povo é um grupo com a consciência de um passado comum. Quando eu digo consciência não quero dizer que esse passado comum tenha de fato existido. Ao optar por me sentir herdeiro das melhores tradições judaicas – e, sim, eu tenho o direito de escolhe-las – eu passo a ser herdeiro delas. Não interessa se há três mil anos meus ancestrais já eram judeus, não importa se sou fruto da conversão de cázaros na Idade Média, ou de ucranianos após 1648, não vem ao caso se optei por meu judaísmo há um ano ou uma semana. O importante é a consciência que tenho de ser herdeiro dos profetas sociais e de tantos judeus que sonharam com uma humanidade melhor.
Sim, Pessach é uma travessia.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Um Passeio a Vila de Paranapiacaba
Replica do Big Ben de Londres |
Há muitas curiosidades sobre este lugar tão rústico, assombrado, encantador … Esse legado britânico não acaba só no universo ferroviário ! E já começa pelo nome que significa, em tupi-guarani, “de onde se vê o mar”.
Um dos primeiros campos de futebol em tamanho oficial do Brasil surgiu em Paranapiacaba. O chamado “ União Lira Serrano”, , aberto no final do século 19, onde, reza a lenda, jogou Charles Miller (ele próprio, um ex-funcionário da SPR).
Dentre varias atrações turísticas, com certeza, a mais curiosa é a Convenção de magos e bruxas. A convenção reúne magos e bruxas do mundo inteiro, é uma verdadeira explosão da cultura pagã !!
Pela instabilidade do terreno, a construção foi quase artesanal, sem uso de explosivos por medo de desmoronamento. As rochas foram cortadas com pregos e pequenas ferramentas manuais. Como não é possível erguer construções no patrimônio, a população abriu as portas de suas casas e oferece comida e até hospedagem aos visitantes .
Agora o que mais intriga os moradores e visitantes são as lendas …
Por exemplo, a lenda da noiva relacionada ao clima típico da região. A neblina presente na vila por muitos é chamada de “Véu da Noiva”, já que conforme o mito, a filhado Engenheiro chefe apaixonou-se por um operário brasileiro e no dia de seu casamento a mesma foi proibida de realizar a cerimônia pelo pai, resultando em seu suicídio em um precipício na mata. Após o ocorrido, a noiva vem visitar seu amado toda noite, caindo sobre Paranapiacaba seu véu gélido e mortal.
Foto de maquinista do século passado |
Outra história comumente declamada pelos habitantes da vila gira em torno do mito do relógio, que diz respeito à escrita do número quatro em números romanos “IIII”, ao invés de “IV”. O mito relata que houve um acidente envolvendo a colisão entre dois trens, pois o maquinista que partiu da Estação Ferroviária de Paranapiacaba ao olhar para o espelho retrovisor para checar a hora do embarque confundiu os número IV com o número VI, trocando assim o horário do embarque, provocando o choque com outro trem. Por isso gerou a necessidade da troca do número romano IV por IIII, para eliminar uma futura “confusão”.
Casas da Vila de Paranapiacaba |
No túnel, por onde passava o comboio, hoje chamado “túnel dos mortos” estão os escravos enterrados nas paredes e diz-se também que é possível ouvir os seus gemidos desesperados através das mesmas.
O Castelinho é uma edificação construída em 1897 para ser a residência do engenheiro-chefe da ferrovia, de onde ele gerenciava o tráfego de trens na subida e descida da Serra do Mar.
É a maior casa da vila, implantada isoladamente em local privilegiado, com janelas espalhadas em seu redor, fornecendo uma visão panorâmica da vila.
O relógio de Paranapiacaba é um ícone de Paranapiacaba. Tido com um dos cartões postais, ele é uma réplica do Big Ben, famoso relógio localizado na cidade de Londres, Inglaterra.
Está localizado sobre a torre que sobrou da antiga estação de trem, destruída por um incêndio pouco antes de completar 100 anos. Após 11 anos sem bater, recentemente passou por uma restauração e voltou a funcionar.
O Pau da Missa é um eucalipto centenário, que geralmente era utilizado para avisos relacionados à missas de sétimo dia. É um dos símbolos da cidade, pois servia de suporte para informações da comunidade, de forma que a parte Alta e a parte Baixa pudessem se comunicar.
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