Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você

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Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você faz uma viagem por mundos desconhecidos, mundos a serem descobertos.Este blog tem como objetivo a troca de informação literaria, a troca de conhecimento sobre livros. O blog tem em sua maxima, indicar e receber em suas paginas indicações de livros. Formando assim um forum literario de debate e incentivo a leitura. De sua sugestão, sua indicação...vamos fazer da leitura um prazer em nosso cotidiano.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A luta cultural Palestina.



Nasser vejo a ocupação colonial Israelense de uma forma diferente, pois ela afeta o lado cultural de toda uma geração.Uma ocupação colonial não é apenas uma ocupação militar. Ela precisa tentar impedir a sobrevivência da cultura, da memória do povo ocupado. Mais ainda se trata da ocupação de um povo com uma das mais antigas histórias e mais ricas culturas.

Como era impossível que a Capital da Cultura Árabe pudesse ser Bagdá, pela ocupação das tropas norte-americanas, foi decidido que Jerusalém (que nos chamamos de Al-Quds) fosse a Capital da Cultura Árabe desde 2009. As comemorações tem sido vitimas das mais violentas e odiosas repressões das tropas israelenses de ocupação. Organizar lindas atividades em torno da cultura árabe passaram a ser um imenso desafio para o Comitê Palestino de Organização, por dificuldades de recursos, de convidar pessoas – poetas, músicos, cantores, artistas do mundo árabe e de outras regiões do mundo - para vir a uma região cercada e ocupada, que deveriam realizar-se nas ruas e praças de Jerusalém.

O ato de apresentação do logotipo dos eventos, programada para ser dar no Teatro Nacional de Jerusalém, em abril do ano passado, foi proibida por Israel, declarado ilegal e reprimido brutalmente por forças militares para tentar impedir sua realização. Foram três dos membros do grupo organizador.

Apesar de todas as dificuldades, deu-se inicio às comemorações no dia 21 de março do ano passado, com atividades populares nas ruas de Jerusalém, que terminaram com uma noite de fala em Bethlehem. Israel enviou tropas contra crianças que carregavam balões com as cores da bandeira palestina – vermelhas, brancas, verdes e pretas. As tropas de ocupação atacaram os jovens que iam realizar danças tradicionais palestinas, com suas roupas típicas, produzindo cenas de pânico e desespero.

Como reação, todas as escolas, universidades, centros culturais, prefeituras de dentro ou de fora da Palestina, decidiram assumir a celebração organizando atividades sobre a bandeira e o logotipo de Jerusalém Capital da Cultura Árabe. Centenas de eventos aconteceram em muitos países como mostra de solidariedade e de protesto contra a repressão israelense. Fica claro, cada vez mais, que não se trata da ocupação e da ação militar contra “forças terroristas”, como alegam os ocupantes, mas contra a resistência da cultura palestina.

Os palestinos adotaram o lema: “Jerusalém nos une e não deve dividir-nos”, reforçando a necessidade de união de todos os palestinos para derrotar a ocupação e pela conquista do direito de um Estado palestino, reconhecido pelas Nações Unidas, mas impedida pelos EUA e por Israel.

“Uma vez liberada, Jerusalém não será apenas a inquestionável capital da cultura árabe, mas será a cidade da diversidade cultural e religiosa, da tolerância e do respeito pelos outros. Uma cidade aberta para a paz cujos tesouros históricos e religiosos serão desfrutados por todos, do leste e do oeste. O único muro que a cercará será o muro histórico de sua Cidade Velha e suas 12 portas, incluindo a Porta de Ouro, que uma vez aberta, levará todos os povos do bem para o céu.”

As palavras são de Ragiq Husseini, presidente do Conselho Administrativo do Comitê Nacional pela Celebração de Jerusalém como Capital da Cultura Árabe. Estar aqui, chegar a Ramallah revela, com toda força, como este é um território ocupado, cruzado por muros que dividem aos próprios palestinos, povoado de tropas e de carros militares, submetendo a este heróico povo à ocupação, à opressão, à humilhação, na mais grave situação de violação dos direitos humanos – políticos, sociais, econômicos, culturais – no mundo de hoje.

Ricardo Ahmad

A lenda do judeu errante


Sinopse

Há quase dois mil anos, na província romana da Judeia, vivia Aasvero, o sapateiro de Jerusalém e porteiro de Pôncio Pilatos. Trinta anos antes, tivera uma paixão correspondida por Míriam de Magdala (Maria Madalena), mas que acabara violentamente. Agora, ela está de volta e pede-lhe para interceder, perante o procurador da Judeia, Pôncio Pilatos, pela sua nova paixão...um tal de Jesus da Nazaré. No caminho do Calvário, Aasvero recusa água a Jesus, dizendo-lhe: "Caminha! Continua a caminhar!" Jesus responde-lhe: "Eu caminho porque tenho de morrer. Tu, até ao meu regresso, caminharás sem morrer." E assim começa a história do Judeu Errante, condenado a caminhar até ao dia do Juízo Final, atravessando milénios, como comerciante, sapateiro, soldado, marinheiro, desvendando os mistérios da História (como o desembarque de Maria Madalena em França, na Provença, ou de José de Arimateia nas Ilhas Britânicas, abordado em "O Código de Da Vinci" e expiando, pelos seus, antigas invejas e ódios religiosos. O mistério de Jesus que "O Código da Vinci" não revela.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Acabei de ler...este livro é muito bom!!


O Livro Tibetano do Viver e do Morrer aproxima a sabedoria milenar do Tibete à moderna pesquisa sobre a morte e a natureza do universo. Com muita competência, o mestre de meditação budista e conferencista internacional Sogyal Rinpoche torna acessível a majestosa visão da vida e da morte que permeia o clássico Livro Tibetano dos Mortos.

Sogyal Rinpoche apresenta práticas simples, mas poderosas, oriundas da tradição tibetana, que qualquer um pode realizar para transformar sua vida e preparar-se para a morte. Destaca a esperança que há na morte: indo além da negação e do medo, podemos descobrir aquilo que há em nós de imutável, e que nos faz sobreviver ao fim.

Até quando Palestina???



يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

"Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!"

No Oriente Médio, uma amizade feita de dor e cura
Por ETHAN BRONNER


JERUSALÉM - Ele pode ser impulsivo. Ela pode ser mandona. Vizinhos de porta há quase um ano, eles conversam, assistem televisão e exploram o mundo juntos, entrando um na casa do outro sem cerimônia. Ela gosta da berinjela feita pela mãe dele. Ele gosta do arroz com cordeiro do pai dela.
A amizade muitas vezes começa com a proximidade, mas Orel e Marya, ambos de oito anos, foram reunidos de uma maneira muito incomum. Seu quintal é um corredor de hospital. Ele é um judeu israelense que foi gravemente ferido por um foguete do Hamas. Ela é uma muçulmana palestina de Gaza paralisada por um míssil israelense. Alguém esqueceu de lhes dizer que são inimigos.
"Ele é um menino mau", Marya gosta de dizer sobre Orel, com um sorriso carinhoso. Quando Orel chegou ali, há um ano, não conseguia escutar, ver, falar ou andar. Hoje ele faz tudo isso com hesitação. A metade de seu cérebro foi destruída. Os médicos, que eram pessimistas sobre sua sobrevivência, hoje se surpreendem com seu progresso.
A coluna vertebral de Marya se partiu no pescoço, e ela só consegue mover a cabeça. Inteligente, risonha e cheia de vontade, movimenta sua cadeira de rodas apertando um botão com o queixo.
De certa maneira, a amizade entre duas crianças feridas de ambientes opostos não é tão surpreendente. Nenhuma delas compreende a antiga luta sobre a terra e a identidade que divide as pessoas ali. Elas são crianças. Elas brincam.
Mas, para aqueles que passaram algum tempo em sua presença no Hospital Alyn, em Jerusalém, é quase mais poderoso observar seus pais, que compreendem tudo isso. Eles desenvolveram uma amizade que desafia a rixa nacional. "Os ferimentos de nossos filhos, sua dor, a nossa dor, nos uniram", comentou Angela Elizarov, a mãe de Orel, sentada em uma cama no quarto que divide com o filho.
Ao lado está Marya, com seu irmão de seis anos, Momen, e seu pai, Hamdi Aman. "Importa o fato de ele ser de Gaza, e eu, de Beersheba, de ele ser árabe, e eu, judia? Isso não significa nada para mim."
Foi na segunda semana da ofensiva de Israel em Gaza, há um ano, que Orel foi ferido. Após passar dias em um abrigo, sua mãe o levou no carro. Enquanto dirigiam por Beersheba, uma sirene tocou avisando sobre a aproximação de um foguete.
Ela empurrou Orel para o chão e deitou-se sobre ele para protegê-lo. Quando ouviu a explosão à distância, levantou-se aliviada. Um segundo foguete explodiu, e ela viu que a cabeça de seu filho sangrava muito.
Angela, que é enfermeira cirúrgica, chamou um motorista que passava, que os levou para o hospital onde ela trabalha. "Vi o cérebro dele saindo. Tudo ao meu redor estava queimando, e eu não sofri um arranhão", ela disse. "Quando cheguei ao pronto-socorro, disse para o médico: 'Você não pode me enganar. Sei que ele não tem chance de sobrevivência'. O médico olhou para o outro lado. Mas, depois de seis operações, ele está realmente fazendo algum progresso."
Seu marido, Avrel, que trabalha com crianças, passa a maior parte da semana em casa com sua filha de 18 meses, mas vem visitá-los com frequência.
Seu vizinho no hospital, Aman, 32, é um operário da construção em Gaza, que não apenas cuida de seus dois filhos como ajuda a lidar com Orel. Ele é considerado uma inspiração para funcionários, voluntários e outros pais.
Isso é em parte porque a dor de sua história é difícil de avaliar. Três anos atrás, Aman e seu tio haviam comprado um carro e, tendo pago por ele duas horas antes, o levaram à estrada. Com eles estava a mulher de Aman, seus três filhos e a mãe dele.
Pairando no alto, um caça israelense em uma missão de assassinato buscava seu alvo, um líder militante chamado Ahmad Dahduh. Dois mísseis foram disparados contra o carro de Dahduh justamente quando passava pelo de Aman, matando o filho mais velho de Aman, sua mulher e sua mãe. Marya foi atirada para fora do carro.
Ele e seus filhos estão no Hospital Alyn, especializado em jovens com incapacidades físicas graves, quase todo o tempo desde então. Mas Aman não tem status oficial em Israel e também está criando um filho saudável em um quarto de hospital. Ele quer a residência em Israel ou uma passagem para um país ocidental onde seus filhos fiquem em segurança e Marya receba o tratamento de que precisa.
"Eu nunca achei que houvesse uma diferença entre as pessoas -judeus, muçulmanos, cristãos-, somos todos seres humanos", ele diz. "Trabalhei em Israel durante anos, e meu pai também. Sabemos que não importa o que você é, mas quem você é. E foi isso que ensinei aos meus filhos."

(Transcrito da Folha de S.Paulo/The New York Times, de 11.1.2010).

Terço islamico como rezar!


O Profeta Muhammad disse(para o Imam Ali(K) e para sua filha Fatima(R):

"As palavras que o anjo Gabriel me ensinou, que vocês devem dizer "Subhana Allah" (Glorificado seja Deus) dez vezes depois de cada oração, e dez vezes "Alhamdu lil-lah" (Louvado seja Deus) e dez vezes "Allah Akbar" (Deus é o maior). E que quando vocês forem para a cama devem dizer trinta e três vezes cada uma."

Alguns anos mais tarde, Ali costumava dizer: "Desde que o Mensageiro de Deus nos ensinou aquelas palavras, nunca deixei de dizê-las uma única vez."



Relatou abu-Huraira(R) que o Mensageiro de Deus disse:

"Duas palavras são de uma suavidade para a língua, de grande peso na balança, e muito queridas para O Clemente:

Subhana Allah(Quão Perfeito é Allah), Alhamdu Lil-lah(louvor Lhe pertence), Subhana Allah Al-`Azim(quão perfeito é Allah, O Poderosíssimo)." (Bukhari e Muslim)



Relatou Saad(R) que nós estavamos com o Mensageiro de Allah que disse:

"Há algum de vocês incapaz de ganhar todos os dias mil benefícios? Então perguntou um dos que se encontravam sentados: Como algum de nós pode ganhar mil benefícios? Ele disse: Clamando perfeição de Allah(Subhana Allah) cem vezes, então, lhe é escrito mil recompensas ou lhe são apagados mil de seus erros." (Muslim)



Relatou abu-Huraira(R) que o Mensageiro de Allah disse:

"Se eu disser: Subhana Allah, Alhamdu Lil-lah, la Ilaha Il-la Allah, Allah Akbar (Quão perfeito é Allah, louvado seja Allah, não há divindade real a não ser Allah, Allah é o Maior), é mais preferível a mim, do que todas as coisas sobre quais o sol nasce." (Muslim)



As Mais queridas palavras para Deus são quatro:

Subhana Allah, Alhamdu Lil-lah, La Ilaha Il-la Allah, Allah Akbar(Quão perfeito é Allah, não há divindade real a não ser Allah, Louvado seja Allah, Allah é o Maior), não haverá problema com qual delas começar. (Muslim)

Vale a pena conhecer...Amo esta cidade


Ouro Preto nasceu sob o nome de Vila Rica, como resultado da épica aventura da colonização do interior brasileiro, que ocorreu no final do século XVII. Em 1698, saindo de Taubaté, São Paulo, a bandeira chefiada por Antônio Dias descortina o Itacolomi do alto da Serra do Ouro Preto, onde implanta a capela de São João. Ali, tem início o povoamento intenso do Vale do Tripui que, trinta anos depois, já possuía perto de 40 mil pessoas em mineração desordenada e sob a louca corrida pelo ouro de aluvião.

Em 1711, dá-se o conflito emboaba, luta pela conquista de terras entre paulistas, portugueses e baianos. O Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida, luta para implantar em Vila Rica a cobrança do quinto, devido à Coroa e assumir o comando do território, fazendo de Felipe dos Santos sua primeira vítima, em 1720.

Vila Rica cresce e exaure-se o ouro, mas cria uma civilização ímpar, com esplendor nas artes, nas letras e na política.

A Inconfidência Mineira é o apogeu do pensamento político e faz mártires entre padres, militares, poetas e servidores públicos, liderados por Tiradentes.

Com a Independência, recebe o nome de Ouro Preto e torna-se a capital de Minas até 1897. É instituída Patrimônio da Memória Nacional a partir de 1933 e tombada pelo IPHAN em 1938. Em 1980 é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO.

O surgimento e apogeu da arte colonial em Minas Gerais - barroco mineiro - é um fenômeno inteiramente ligado à exploração do ouro, acontecido no século XVIII, que veio criar uma cultura dotada de características peculiares e uma singular visão do mundo.

A medida que se expandia a atividade mineradora, o barroco explodia na riqueza de suas formas, na pompa e no fausto de suas solenidades religiosas e festas públicas, vindo marcar, de maneira definitiva, a sociedade que se constituiu na região.

Ouro Preto - hoje Patrimônio Histórico Mundial - representa inquestionavelmente a síntese da arte colonial mineira, não apenas pela expressão de sua história mas pelas excepcionalidade do acervo cultural que preservou.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pernilongo...que coisa!!


Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença,aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo Filho da Puta!!!!

Carlos Drummond de Andrade

Voce o escultor da sua vida!!


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Você é mais ou é menos...


A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

TUDO BEM!

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.

Chico Xavier

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Einstein o Cara!!


Em fevereiro de 1923, o físico Albert Einstein, já mundialmente famoso, fez uma visita a Jerusalém. E registrou sua observação das pessoas rezando no Muro das Lamentações: "Desci até o muro do templo, onde os obtusos patrícios ficam rezando alto, com o rosto voltado para o muro, balançando o corpo para frente e para trás. Imagem miserável de uma gente com passado e sem presente".

Esta breve anotação de viagem é característica da relação de Einstein com a religião. Por um lado, ele reclama da obtusidade dos crentes; por outro, considera-os "patrícios". O cientista nascido em Ulm, no extremo sul da Alemanha, em 1879, era judeu e, mais ou menos desde 1918, sionista.

Com 17 anos, no entanto, ele já tinha se excluído da comunidade religiosa judaica e jamais voltaria a seguir qualquer confissão. Não visitava serviços religiosos e não rezava. Mesmo assim, Einstein tinha fé. Em agosto de 1932, escreveu um breve texto intitulado "Minha Profissão de Fé" e logo em seguida gravou-o em disco para a Liga Alemã dos Direitos Humanos.

A linguagem de Deus é a matemática

"Fazer parte das pessoas que podem dedicar sua valiosa força de observação e investigação a coisas objetivas e desvinculadas do tempo é uma graça especial. Como sou feliz e grato por usufruir desta graça que nos torna independentes do destino pessoal e do comportamento dos demais! Mas esta independência não deve nos cegar, no entanto, a ponto de ignorarmos os deveres que continuam nos vinculando à humanidade de antes, de agora e de depois", observa Einstein.

E prossegue: "Nossa situação no mundo parece estranha. Cada um de nós aparece para uma breve visita, involuntariamente e sem ser convidado, sem saber por quê e para quê. Na vida diária, só sentimos que o ser humano existe por causa dos outros, daqueles que amamos e de inúmeros outros companheiros de destino".

A origem da religião para Einstein é o medo. Medo de fome, doença e morte. É preciso apaziguar o Deus ou os deuses, a fim de escapar da desgraça. Em um nível mais elevado, a fé surge de sentimentos sociais. Neste caso, religião é como uma superestrutura moral que regula a vida da comunidade. Para Einstein, a religião moral é a religião dos povos com tradição cultural. Mas ele ainda distingue uma terceira forma de vivência religiosa: a religiosidade cósmica.

A religiosidade cósmica seria apenas para "indivíduos especialmente ricos e comunidades especialmente nobres". O conceito cósmico de Deus não se prende mais a imagens pessoais, de modo que não requer nem Igreja, nem dogmas, nem orações. Neste caso, Deus é um princípio. Sua linguagem é a matemática. Venerá-lo significa fazer ciência