Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você

Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você
Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você faz uma viagem por mundos desconhecidos, mundos a serem descobertos.Este blog tem como objetivo a troca de informação literaria, a troca de conhecimento sobre livros. O blog tem em sua maxima, indicar e receber em suas paginas indicações de livros. Formando assim um forum literario de debate e incentivo a leitura. De sua sugestão, sua indicação...vamos fazer da leitura um prazer em nosso cotidiano.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Muito especial


" Quando o poeta italiano DANTE escreveu a A divina comédia, ele disse :
No dia em que um homem permitir que o verdadeiro amor apareça, as coisas que estão bem estruturadas se transformarão em confusão, e irão balancar tudo aquilo que é certo, que é verdade.......
O mundo será verdadeiro quando o homem souber amar......até lá, viveremos achando que conhecemos o amor, mas sem coragem de enfrenta-lo tal como é.

" O amor é uma força selvagem. Quando tentamos controlá-lo, ele nos destrói.Quando tentamos aprisioná-lo, ele nos escraviza. quando tentamos entende-lo ele nos deixa perdidos e confusos.

" Esta força está na terra para nos dar alegria, para aproximar DEUS e do nosso proximo: e mesmo assim, da maneira que amamos hoje, temos uma hora de angustia para cada minuto de paz."

O guerreiro da luz


Cada golpe de sua espada traz consigo séculos de sabedoria e meditação. Cada golpe precisa ter a força, a habilidade de todos os guerreiros do passado, que ainda hoje continuam abençoando a luta. Cada movimento no combate honra os movimentos que as gerações anteriores procuraram transmitir através da Tradição.

O guerreiro desenvolve a beleza de seus golpes. Embora se comporte como uma criança.

As pessoas ficam chocadas, porque esqueceram que uma criança precisa divertir-se, brincar, ser um pouco irreverente, fazer perguntas inconvenientes e imaturas, dizer tolices.

E perguntam, horrorizadas: "É isso o caminho espiritual? Ele não tem maturidade!”

O guerreiro se orgulha com este comentário. E mantêm-se em contacto com Deus, através de sua inocência e alegria. Age assim, porque no começo de sua luta, afirmou para si mesmo:

“Eu tenho sonhos”.

Depois de alguns anos, percebe que é possível chegar onde quer. Ele sabe que vai ser recompensado.

Neste momento, a grande alegria que animava seu coração, desaparece. Porque enquanto caminhava, conheceu a infelicidade alheia, a solidão, as frustrações que acompanham grande parte da humanidade. O guerreiro da luz então acha que não merece o que está para receber.

Quando aprende a manejar sua espada, descobre que seu equipamento precisa ser completo - e isto inclui uma armadura.

Ele sai em busca da sua armadura, e escuta a proposta de vários vendedores.

"Use a couraça da solidão", diz um.

"Use o escudo do cinismo", responde outro.

"A melhor armadura é não se envolver em nada", afirma um terceiro.

O guerreiro, porém, não dá ouvidos. Com serenidade, vai até seu lugar sagrado e veste o manto indestrutível da fé.

A fé apara todos os golpes. A fé transforma o veneno em água cristalina.

O seu anjo sussurra: “entrega tudo". O guerreiro ajoelha-se, e oferece a Deus as suas conquistas.

A Entrega obriga o guerreiro a parar de fazer perguntas tolas, e o ajuda a vencer a culpa.

E se, ainda assim, achar que sua recompensa é imerecida, um guerreiro da luz sempre tem uma segunda chance na vida.

Como todos os outros homens e mulheres, ele não nasceu sabendo manejar sua espada. Errou muitas vezes antes de descobrir sua Lenda Pessoal.

Nenhum homem ou mulher pode sentar-se em torno da fogueira, e dizer aos outros: "sempre agi certo." Quem afirma isto está mentindo, e ainda não aprendeu a conhecer a si mesmo. O verdadeiro guerreiro da luz já cometeu injustiças no passado.

Mas, no decorrer da jornada, percebe que as pessoas com quem agiu errado sempre tornam a cruzar com ele.

Por isso, o guerreiro da luz tem a impressão de viver duas vidas ao mesmo tempo.Em uma delas, é obrigado a fazer tudo que não quer, lutar por idéias nas quais não acredita. Mas existe uma outra vida, e ele a descobre em seus sonhos, leituras, encontros com gente que pensa como ele.

O guerreiro vai permitindo que suas duas vidas se aproximem.

"Há uma ponte que liga o que eu faço com o que eu gostaria de fazer", pensa. Aos poucos, os seus sonhos vão tomando conta da sua rotina, até que ele percebe que está pronto para o que sempre quis.

Então, basta um pouco de ousadia - e as duas vidas se transformam numa só.

É sua chance de corrigir o mal que causou. Ele a utiliza sempre, sem hesitar.


Paulo Coelho

O Sufismo na história do homem- Parte 4


Na foto ao lado os Sufistas rodopiantes: O sufismo pode ser dividido historicamente nos períodos antigo, clássico, medieval e moderno. Um dos fatos marcantes do período clássico foi à crucificação de Husayn ibn Mansur al-Hallaj, acusado de heresia, em 922, após declarar "Eu sou a verdade".

Foi na época medieval, entretanto, que os sufistas aprenderam a disfarçar em poesias complexas qualquer afirmação que pudesse ser considerada um desafio à crença do "Deus Único". Assim, só mesmo os esclarecidos podiam decifrá-las.

Durante a Idade Média, Abu Hamid al-Ghazzali (1059-1111) afastou-se da vida mundana para empreender uma busca por Deus. Seus escritos ajudaram a combinar os aspectos heréticos do sufismo com o islamismo ortodoxo. Em números, os sufistas atingiram o auge na era moderna, entre 1550 e 1800. Hoje o sufismo é, muitas vezes, praticado em segredo nos países muçulmanos, enquanto na Índia e em muitos países do ocidente ele comanda um fiel grupo de seguidores.

No que se refere as influências do sufismo-Islâmico no mundo, pode-se perceber que o Sufismo-Islamita influenciou fortemente a maçonaria, pois a essência maçônica tem muito da prática mística do Islamismo.

A maçonaria é uma Instituição Escolar Iniciática, Filosófica e Científica, que transmite o conhecimento da essência das ciências e de si mesmo, e trabalha redirecionando este conhecimento, para a melhoria de vida da humanidade e a preservação do ecossistema.

Sufismo - Parte 3

Conhecido por muitos como o misticismo do Islã, o sufismo é uma filosofia de autoconhecimento e contato com o divino através de certas práticas as quais nem sempre seguem um padrão fixo e frequentemente parecem incomprensíveis a um observador que esteja fora do contexto de trabalho. Estas práticas devem ser aplicadas por um professor. Os sufis acreditam que Deus é amoroso e o contato com ele pode ser alcançado pelos homens através de uma união mística, independente da religião praticada. Por este conceito de Deus, foram, muitas vezes, acusados de blasfêmia e perseguidos pelos próprios muçulmanos esotéricos, pois contrariavam a idéia convencional de Deus.

Hallaj (séc. X), um dos grandes representantes do sufismo, foi executado, pois ensinou, em estado de êxtase, que Deus e ele eram um; que havia atingido a identidade suprema. Como o ideal do sufismo era ascético, acreditavam que Jesus era tão importante quanto Maomé, que o Alcorão era tão essencial quanto a Bíblia ou a Torá. Quase um século e meio depois, Ghazali, um dos maiores pensadores do mundo e seguidor sufi, disseminava a idéia de que a verdade mística não pode ser aprendida, mas sim experimentada por meio do êxtase.

Para os sufis a origem histórica da sua religiosidade pode ser encontrada nas práticas meditativas do profeta Maomé. Este tinha por hábito refugiar-se nas cavernas das montanhas de Meca onde se dedicava à meditação e ao jejum. Foi durante um desses retiros que Maomé recebeu a visita do anjo Gabriel, que lhe comunicou a primeira revelação de Deus.

Encontramos seguidores desta corrente em todos os segmentos sociais: camponeses, donas-de-casa, advogados, comerciantes, professores. Sua filosofia básica é: "Estar no mundo, mas não ser dele", livre da ambição, da cobiça, do orgulho intelectual, da cega obediência ao costume ou do respeitoso amor às pessoas de posição mais elevada.

Etimologia - Sufi- Parte 2

Para alguns autores, a palavra é oriunda de suf que significa "lã" em árabe. Aparentemente, seus primeiros praticantes tinham por hábito vestir-se com lã, como forma de demonstrar a sua simplicidade, sendo provavelmente influenciados pelos ascetas cristãos da Síria e da Palestina. A lã possuía também uma conotação espiritual nos tempos pré-islâmicos.

Para outros autores a origem deve ser procurada na palavra árabe safa, que significa "pureza".

Seja como for, estas palavras têm origem no egípcio antigo, onde as palavras SOF, SEF, SAF, SUF E SIF todas tem como significado PUREZA. Portanto, a palavra SUFI é de origem substancialmente egípcia, mas isto não quer dizer que o Sufismo seja egípcio,pois, o sufismo é atemporal, embora tenha conexões profundas com a sabedoria do Egito Antigo; a forma como o conhecemos hoje foi dada pela revelação recebida pelo Profeta Mohammad, e estruturado no século XI de nossa era. Sabemos que existem vários santos sufis muito anteriores a esta data, entretanto foi a partir do século XI que as escolas sufis começaram a se organizar.

Interssado no Sufismo- A mistica -Parte 1


Nas proximas postagens vou abordar a questão do Sufismo e sua pratica. O Sufismo pode trazer grande beneficios para seus praticantes, uma vez que o Sufismo tem como pratica a meditação e sua aproximação a Deus de uma maneira meditativa e direta.

Os interessados em conhecer melhor estas praticas podem entrar em contato comigo através bo blog...será um prazer esclarecer esta pratica milenar.

O sufismo (árabe: تصوف, tasawwuf; persa:صوفی‌گری Sufi gari) é a corrente mística e contemplativa do Islão. Os praticantes do sufismo, conhecidos como sufis ou sufistas, procuram uma relação directa com Deus através de cânticos, música e danças.

O termo sufismo é utilizado para descrever um vasto grupo de correntes e práticas. As ordens sufis (Tariqas) podem estar associadas ao islão sunita, islão xiita ou uma combinação de várias correntes. O pensamento sufi nasceu no Médio Oriente no século VIII, mas encontra-se hoje por todo o mundo. Na Indonésia, actualmente a nação com maior número de muçulmanos, o islão foi introduzido através das ordens sufis.

De acordo com as grandes escolas de jurisprudência islâmica, o sufismo é considerado como um movimento herético, tendo sido, por isso, perseguido inumeras vezes ao longo da história.

Melhor que o livro o Simbolo Pedido - Dan Brown


Numa altura em que tanto se publica ao desbarato livros sobre teorias da conspiração, porque não fazer uma viagem no tempo e desfrutar de um livro que as aborda de uma forma diferente? Para além de ter sido um dos primeiros livros a abordar o assunto, fá-lo de uma forma completamente inovadora e ainda hoje irrepetível. Umberto Eco transporta-nos para Itália, onde três amigos que trabalham numa editora muito habituada a publicar livros disparatados sobre teorias da conspiração acerca dos templários, decidem criar a sua própria teoria, apenas e criteriosamente baseada em factos e em conexões entre estes a que eles chamam “O Plano”. Tudo correria bem se a teoria não fosse demasiado credível e extremamente inovadora, começando a convencer todos os esotéricos que com ela se cruzam como também a certa altura alguns dos seus criadores. Incrivelmente bem escrito, é um livro altamente aconselhável a quem, pelo menos, se sente curioso acerca do tema. Além de que Eco nos põe em contacto com um universo bastante vasto de citações retiradas dos mais variados livros religiosos e esotéricos. Por vezes uma sátira, noutras, uma aventura que nos põe a pensar, no caso de isso ainda não ter acontecido, sobre o poder que existe no consciente (e provavelmente inconsciente) colectivo. “A teoria social da conspiração…é uma consequência da falta de referência a Deus, e da consequente pergunta: “Quem está no seu lugar?” (Numa altura em que tanto se publica ao desbarato livros sobre teorias da conspiração, porque não fazer uma viagem no tempo e desfrutar de um livro que as aborda de uma forma diferente? Para além de ter sido um dos primeiros livros a abordar o assunto, fá-lo de uma forma completamente inovadora e ainda hoje irrepetível. Umberto Eco transporta-nos para Itália, onde três amigos que trabalham numa editora muito habituada a publicar livros disparatados sobre teorias da conspiração acerca dos templários, decidem criar a sua própria teoria, apenas e criteriosamente baseada em factos e em conexões entre estes a que eles chamam “O Plano”. Tudo correria bem se a teoria não fosse demasiado credível e extremamente inovadora, começando a convencer todos os esotéricos que com ela se cruzam como também a certa altura alguns dos seus criadores. Incrivelmente bem escrito, é um livro altamente aconselhável a quem, pelo menos, se sente curioso acerca do tema. Além de que Eco nos põe em contacto com um universo bastante vasto de citações retiradas dos mais variados livros religiosos e esotéricos. Por vezes uma sátira, noutras, uma aventura que nos põe a pensar, no caso de isso ainda não ter acontecido, sobre o poder que existe no consciente (e provavelmente inconsciente) colectivo. “A teoria social da conspiração…é uma consequência da falta de referência a Deus, e da consequente pergunta: “Quem está no seu lugar?”


Kopper

Química é vida


Quando uma folha de árvore é exposta à luz do sol e é iniciado o processo da fotossíntese, o que está ocorrendo é química. Quando o nosso cérebro processa milhões de informações para comandar nossos movimentos, nossas emoções ou nossas ações, o que está ocorrendo é química.

A química está presente em todos os seres vivos. O corpo humano, por exemplo, é uma grande usina química. Reações químicas ocorrem a cada segundo para que o ser humano possa continuar vivo. Quando não há mais química, não há mais vida.

Há muitos séculos, o homem começou a estudar os fenômenos químicos. Os alquimistas podiam estar buscando a transmutação de metais. Outros buscavam o elixir da longa vida. Mas o fato é que, ao misturarem extratos de plantas e substâncias retiradas de animais, nossos primeiros químicos também já estavam procurando encontrar poções que curassem doenças ou pelo menos aliviassem as dores dos pobres mortais. Com seus experimentos, eles davam início a uma ciência que amplia constantemente os horizontes do homem. Com o tempo, foram sendo descobertos novos produtos, novas aplicações, novas substâncias. O homem foi aprendendo a sintetizar elementos presentes na natureza, a desenvolver novas moléculas, a modificar a composição de materiais. A química foi se tornando mais e mais importante até ter uma presença tão grande em nosso dia-a-dia, que nós nem nos damos mais conta do que é ou não é química.

O que sabemos, no entanto, é que, sem a química, a civilização não teria atingido o atual estágio científico e tecnológico que permite ao homem sondar as fronteiras do universo, deslocar-se à velocidade do som, produzir alimentos em pleno deserto, tornar potável a água do mar, desenvolver medicamentos para doenças antes consideradas incuráveis e multiplicar bens e produtos cujo acesso era restrito a poucos privilegiados. Tudo isso porque QUÍMICA É VIDA.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Voce tem uma mente aberta?


Por Ricardo Ahmad

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

"Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!"


Entre os muitos livros religiosos existentes há um que é pouco compreendido, estou falando do Alcorão, um livro que tem máxima importância no mundo muçulmano. Muitas pessoas têm um ponto de vista altamente critico em relação a este livro, que é lido por mais de um bilhão de pessoas em todo mundo. Muitos dizem que ele fomenta a guerra, a discórdia, a intolerância... Que é um livro patriarcal e totalmente machista. Porém muitas pessoas nunca tiveram a oportunidade de folhar suas paginas para certificar se isto que dizem é realmente verdade ou não. Uma pena! Pois vivemos dentro de uma sociedade que pouco faz para ter uma opinião pro pia, justa. Outro dia conversando com um amigo, ele mencionou o Alcorão como um livro de "ideologia sanguinária, bestial, um compendio perigoso na mão de fundamentalistas perigosos e doentes" Perguntei a ele como ele tinha chegado neste parecer, se ele havia lido o Alcorão em sua integra? a resposta foi um não, que sua opinião era formada pela mídia que explanava o assunto de modo bem objetivo. O Alcorão é tão "fundamentalista" quanto a Bíblia, eu diria menos "perigoso" que a Bíblia, que é um livro respeitado pelos muçulmanos. Nossa opinião não deve ser formada pela mídia que tem interesses obscuros, e muitas vezes "bairristas"... temos que ter a nossa pro pia visão de mundo, obter conhecimentos, colher dados, e formar nossa opinião. Por isto recomendo a leitura do Alcorão em português... que leia este livro com amplitude cultural, para entendermos o ponto de vista de outras culturas... pois há sobrevivência neste mundo globalizado, cada vez menor, depende do nosso respeito com nosso próximo, que muitas vezes tem uma visão de vida totalmente diferente da nossa.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Clarice, uma verdade


"Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilacerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar."

Clarice Lispector

sábado, 2 de janeiro de 2010

Brasil- Elas não são Muçulmanas!!


O islã condena de modo duro a violência contra as mulheres. Infelismente no mundo islamico, assim como em qualquer outra sociedade existem covardes não que não respeitam o direto da mulher!!

Na esfera jurídica, violência significa uma espécie de coação, ou forma de constrangimento, posto em prática para vencer a capacidade de resistência de outrem, ou a levar a executá-lo, mesmo contra a sua vontade. É igualmente, ato de força exercido contra as coisas, na intenção de violentá-las, devassá-las, ou delas se apossar.

Existem vários tipos de armas utilizadas na violência contra a mulher, como: a lesão corporal, que é a agressão física, como socos, pontapés, bofetões, entre outros; o estupro ou violência carnal, sendo todo atentado contra o pudor de pessoa de outro sexo, por meio de força física, ou grave ameaça, com a intenção de satisfazer nela desejos lascivos, ou atos de luxúria; ameaça de morte ou qualquer outro mal, feitas por gestos, palavras ou por escrito; abandono material, quando o homem, não reconhece a paternidade, obrigando assim a mulher, entrar com uma ação de investigação de paternidade, para poder receber pensão alimentícia.

Mas nem todos deixam marcas físicas, como as ofensas verbais e morais, que causam dores,que superam, a dor física. Humilhações, torturas, abandono, etc, são considerados pequenos assassinatos diários, difíceis de superar e praticamente impossíveis de prevenir, fazendo com que as mulheres percam a referencia de cidadania.

A violência contra a mulher, não esta restrita a um certo meio, não escolhendo raça, idade ou condição social. A grande diferença é que entre as pessoas de maior poder financeiro, as mulheres, acabam se calando contra a violência recebida por elas, talvez por medo, vergonha ou até mesmo por dependência financeira.

Atualmente existe a Delegacia de Defesa da Mulher, que recebe todas as queixas de violência contra as mulheres, investigando e punindo os agressores. Como em toda a Polícia Civil, o registro das ocorrências, ou seja, a queixa é feita através de um Boletim de Ocorrência, que é um documento essencialmente informativo, todas as informações sobre o ocorrido visam instruir a autoridade policial, qual a tipicidade penal e como proceder nas investigações.

Toda a mulher violentada física ou moralmente, deve ter a coragem para denunciar o agressor, pois agindo assim ela esta se protegendo contra futuras agressões, e serve como exemplo para outras mulheres, pois enquanto houver a ocultação do crime sofrido, não vamos encontrar soluções para o problema.

A população deve exigir do Governo leis severas e firmes, não adianta se iludir achando que esse é um problema sem solução. Uma vez violentada, talvez ela nunca mais volte a ser a mesma de outrora, sua vida estará margeada de medo e vergonha, sem amor próprio, deixando de ser um membro da comunidade, para viver no seu próprio mundo.

A liberdade e a justiça, são um bem que necessita de condições essenciais para que floresça, ninguém vive sozinho. A felicidade de uma pessoa esta em amar e ser amada. Devemos cultivar a vida, denunciando todos os tipos de agressões (violência) sofridas.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Em Gaza!!



Em Gaza há hospitais e há médicos, mas a população palestina morre porque Israel não permite a entrada de medicamentos.

Em Gaza há automóveis, caminhões e ônibus, mas a população palestina precisa se locomover a pé porque Israel não permite a entrada de combustível.

O combustível que abastece Israel vem da Arábia Saudita...

Em Gaza as casas possuem lâmpadas, rádios, computadores e televisores, mas a população palestina vive às escuras porque Israel cortou a energia elétrica.

Em Gaza as torneiras funcionam, mas a população está morrendo de sede porque Israel cortou a água dos palestinos para encher as piscinas dos invasores colonos sionistas.

Os palestinos de Gaza padecem por falta de alimentos porque Israel continua com o bloqueio. E se antes os palestinos de Gaza podiam se alimentar graças às colheitas de azeitonas, agora nem isso, porque os invasores sionistas já não se contentam mais em roubar os campos. Eles invadem as casas, com apoio dos soldados hebreus para recolher o pouco que restou das azeitonas.

Minha dor é grande Hassam...que este ano sua paz seja uma realidade!! Te amo irmão!!!

A foto ao lado foi enviada do campo de refugiados...muita dor e tristeza!!

Aicha...com carinho!!!


Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.


Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

Vivendo e aprendendo, que o ano de 2010 seja uma eterna virtude!


Conhecia Nietzsche das aulas de filosofia. Mas tudo o que aprendemos na escola são rótulos e classificações de pensamento (como se os filósofos pudessem ser etiquetados). Graças à minha falta de memória, felizmente esqueci por completo que Nietzsche foi classificado de niilista; assim, pude ler Assim falou Zarathustra livre de qualquer preconceito. Redescobri Nietzsche graças a um texto de Osho, que o citava para explicar justamente uma coisa que Oráculo me exortou a fazer de agora em diante: viver aqui na Terra, PARA a Terra. Procurei o livro na net e só encontrei uma versão em inglês. Quase tive um Samadhi ao ler o capítulo "Virtude Dadivosa!" O cara é praticamente um dos "patrocinadores" deste blog! Um gênio ácido com um profundo sentimento espiritualista à frente de seu tempo. Ou, como comentei certa vez, um budista enrustido.

Quis compartilhar com os leitores deste blog e procurei uma versão em português, mas qual a minha decepção quando vejo que a tradução desvirtua o texto (e olha que o original é em alemão e deve ter perdido coisas na tradução pro inglês). Já que eu tive de rever todo o texto, aproveitei pra eliminar a linguagem rebuscada que atrapalhava o fluxo da leitura e impede o livre acesso ao fumus bono, o âmago do pensamento filosófico do autor.

Da Virtude Dadivosa (trechos da parte 2):

"Permaneçam fiéis à Terra, meus irmãos, com todo o poder da sua virtude. Devotem seu amor incondicional e seu conhecimento para que tenham um significado aqui na Terra. Assim vos rogo, e a isso vos conjuro. Não deixem vossa virtude bater asas, fugindo das coisas terrestres para ir se chocar contra paredes eternas. Ah, e tem havido sempre tanta virtude extraviada!
Conduzam, assim como eu, a virtude extraviada de volta pra Terra; Sim, restituam-na ao corpo e à vida, para que dê à Terra o seu sentido, um sentido humano. Deixem seu espírito e sua virtude serem devotados a um sentido terrestre, meus irmãos: deixem o valor de tudo ser determinado novamente por vocês! Para isso devem ser lutadores! Para isso devem ser criadores!

Há mil caminhos que nunca foram trilhados; mil fontes de saúde e mil ilhas de vida ainda escondidas. Inesgotável e desconhecido ainda é o ser humano e o mundo do ser humano.

Agora, meus discípulos, vou-me embora sozinho! Partam sozinhos, também! Assim o quero.
Com toda a sinceridade vos dou este conselho: Afastem-se de mim e precavei-vos contra Zaratustra! Melhor ainda: tenham vergonha dele! Talvez ele os tenha ludibriado.

O homem de conhecimento não só deve amar os seus inimigos, mas também odiar os seus amigos. Mal corresponde ao mestre aquele que nunca passa de discípulo. E por que não quereis tomar minha Coroa?
Venerais-me! Mas que aconteceria se sua veneração um dia acabasse? Tome muito cuidado para que uma estátua não te esmague!

Vocês dizem crer em Zaratustra? Mas que importância tem Zaratustra? Sois crentes em mim; mas que importam todos os crentes?! Vocês ainda não procuraram em vocês mesmos: por isso me encontraram. Assim fazem todos os crentes: por isso que toda a crença é de tão pouca importância.

Agora vos ordeno que me percam e encontrem a vocês mesmos; e só quando todos vocês tiverem me negado, retornarei para vós.
Em verdade, meus irmãos, buscarei então as minhas ovelhas desgarradas com outros olhos; vos amarei então com outro amor. E novamente sereis meus amigos e filhos de uma só esperança; então quero estar a vosso lado, pela terceira vez, para festejar com vocês o grande meio-dia."

O que Nietzsche nos exorta a fazer é caminhar com nossas próprias pernas! Sem líderes, sem dogmas, mas com virtude. Sim, esse não é o caminho do egoísmo, é o caminho não só da ação - onde nós somos os senhores do nosso destino - , mas da ação correta, como o budismo, o cristianismo e o judaísmo nos propõem a fazer.

Nietzsche cria um líder religioso que se destrói no final, e isso é o que o budismo deveria ter sido. Afinal, se a doutrina prega o desapego a todas as coisas, é natural que o aluno não se apegue nem mesmo à doutrina. E Buda falava "Não te deves ligar a nenhuma dessas coisas. Esse é o motivo pelo qual comparo minha doutrina a uma jangada. Mesmo essa doutrina precisa ser deixada para trás - e que dizer das falsas doutrinas?"

Isso também me lembra uma das mais fascinantes passagens atribuídas a Jesus, no Evangelho de Tomé, logon 13:
Jesus disse a seus alunos: "Comparai-me com alguém e dizei-me com quem me assemelho".
Simão Pedro disse-lhe: "Tu és semelhante a um anjo justo". Mateus lhe disse: "Tu te assemelhas a um pensador sábio". Tomas lhe disse: "Mestre, minha boca é inteiramente incapaz de dizer com quem te assemelhas".
Jesus disse: "Não sou teu Mestre. Pois bebeste na fonte borbulhante que fiz brotar, tornaste-te ébrio. E, pegando-o, retirou-se e disse-lhe três coisas. Quando Tomas retornou a seus companheiros, eles lhe perguntaram: "O que te disse Jesus"? Tomas respondeu: "Se eu vos disser uma só das coisas que ele me disse, apanhareis pedras e as atirareis em mim, e um fogo brotará das pedras e vos queimará".

Não vos tornem bêbados, viciados em Buda, Jesus, Nietzsche ou quem quer que seja. Entendam agora a música God de John Lennon, em que ele sai negando todas as influências que compunham sua própria personalidade, quando diz "Não acredito em Elvis, não acredito em Jesus, não acredito em Hitler, não acredito em Beatles, só acredito em mim!". É uma belíssima desconstrução de personalidade, o esvaziamento do barco das paixões e dos ódios, como bem disse Buda. Só não esqueçam da virtude (que é justamente... Deus em nós).