Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você

Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você
Sou um amante de livros, tenho verdadeira paixão por literatura. Acredito que ao ler um livro você faz uma viagem por mundos desconhecidos, mundos a serem descobertos.Este blog tem como objetivo a troca de informação literaria, a troca de conhecimento sobre livros. O blog tem em sua maxima, indicar e receber em suas paginas indicações de livros. Formando assim um forum literario de debate e incentivo a leitura. De sua sugestão, sua indicação...vamos fazer da leitura um prazer em nosso cotidiano.

domingo, 31 de outubro de 2010

Harlem e Jazz...


Harlem, o "paraiso negro", conserva até hoje a mesma atmosfera pitoresca de 1900, quando ali começaram a chegar os primeiros negros. O bairro mais falado do mundo fora desdenhado pelos brancos, que achavam as casas velhas demais e a ferrovia sobrelevada tolhia a luz dos planos inferiores, o que fazia pairar no ar uma fumaça envolvente e um rumor constante.

Já em 1920, tinha o Harlem uma população de 200 mil habitantes. Entre Harlem Avenue e Harlem River, centralizam-se restaurantes, igrejas, bancos, teatros, escolas, hotéis, bares, cafés, casas de jogos, farmacias, cabarés e salões de beleza. Foi um comercio que marcou epoca na historia do jazz.

As ruas principais eram percorridas dia e noite por mulatas garbosas que frequentavam o salão de beleza de Adelia Walker, especialista em alisar cabelos rebeldes; por homens que iam aplaudir Harry Wills, o maior pugilista negro da epoca; e por todos aqueles que pagavam fortunas para assistir à revistas do Apollo, para dançar no Savoy Ball-Room e gozar as delicias da musica negra do Cotton Club.

Em pouco tempo, os brancos descobriram o Harlem. Lugar que não lhes servia para morar mas que oferecia o maximo em divertimento. E passaram a fazer ali o centro de sua vida noturna. Por sua vez, os negros foram procurar outros lugares onde pudessem beber, cantar, dançar e tocar em paz, sem que os olhos dos brancos os imitassem com aquele "ar estupido de quem olha os especimes raros do Zoo". (Palavras textuais dos musicos de jazz).

Ao longo do quarteirão principal um elegante cabaré (existe até hoje) fazia contraste com as demais casas de diversões. Era o famoso Cotton Club, onde se exibiu por muitos anos Duke Ellington. Os brancos lotavam o clube, a atração maxima do Harlem, ocupando os melhores lugares proximos à pista, em prejuizo dos negros que não podiam divertir-se em seu proprio meio, a seu modo.Enquanto o Cotton Club se desenvolvia num ambiente francamente influenciado pelos brancos, o verdadeiro jazz continuava a viver nas suas formas livre e espontanea. Alguns artistas que começaram a tocar em festas particulares como Frankie Newton, Leon "Choo" Berry, Teddy Bunn,, Pete Brown, Willie "The Lion" Smith, Cliff Jackson e Billie Holiday fizeram fortunas e ficaram conhecidos no mundo inteiro como interpretes do jazz autentico.

Desde os mais remotos tempos os brancos endinheirados correm em busca das aventuras pitorescas do Harlem e do jazz que ali se executa como obrigação cotidiana. Eles mesmos fizeram do Harlem a sua lenda das mil e uma noites. Conheceram de perto os "jazz-men" famosos. Beberam e saborearam "tanderloin" (pernas de porco) com figuras estranhas e pitorescas embriagadas de opio, marijuana e fumaça sem saber que gozavam da companhia dos "gangsteres" mais famosos e temidos do bairro negro.

O Cotton Club não era bem visto pelos negros por ser refugio de "gangster" (lugar "Jim-Crow") e dos milionarios brancos que frequentavam o Harlem todas as noites certos de que os negros adoravam vê-los dançar como macacos imitando-os nos dificeis passos do "black-botton".

Muitos brancos acreditavam que a vida do negro do Harlem consistia em beber, dançar, cantar e tocar sem nenhuma preocupação pelo trabalho. Esse conceito falso deu origem a uma falsa musica. Os rituais africanos começaram a ser revividos não com sua força e beleza selvagens mas com o artificialismo onde o branco encontrava um exotismo fabricado que ia ao encontro de seus anseios esnobes.

Foi tamanha a afluencia de brancos no Harlem que os proprietarios de bares, cabarés e teatros pensaram em proibir ao negro a entrada naqueles locais o que redundaria em erro gravissimo. Pois os brancos só iam ao Harlem atraídos pelos negros e para ver de perto a maneira pela qual eles se divertiam e faziam jazz.

Assim é que os jazistas e atores negros foram fugindo dos cabarés, preferindo reunir-se ora em casa de um e de outro, em festas privadas ou em lugares a que os brancos não ousavam chegar, julgando-se perigosos.

Os brancos que visitavam o Harlem sempre tiveram uma impressão erronea da musica de jazz. Estavam sempre à espera de que um corpo negro ensanguentado surgisse na calada da noite, num beco sordido ao som dorido dos saxofones e do ritmo ensurdecedor das baterias. Na verdade, o Harlem é bem diferente de outros bairros. Ganhou fama e caracteristicas que ainda hoje são comentadas no mundo. Porem sua gente não está alheia às coisas comuns da vida. Trabalhou sempre duramente para viver. Comia mal, dormia em lugares infectos, arrastando um destino tragico e doloroso, que os langorosos "blues" registram.

Ainda hoje o Harlem é assim: uma pequena cidade de negros superpovoada. As casas continuam caindo aos pedaços e são poucos os meios de recreação. Os problemas de condução são alarmantes. Entretanto, é onde se encontra o maior numero de igrejas, maior espirito publico e maior sentimento de solidariedade do que qualquer outro lugar de semelhantes condições de vida - conforme afirmação do inspetor de policia James Boland.

O prefeito não oficial de Harlem, Willie Bryant, ao lado de outros harlemitas, lutou incansavelmente para tornar aquele bairro um centro-modelo, mesmo para as comunidades de brancos, fazendo palestras nas escolas e associações de pais, Liga Atletica Policial, Exercito da Salvação e demais organizações.

Quanto ao jazz, não é uma historia da Carochinha vivida pelos negros e que os brancos pretendem contar à sua moda. O jazz é antes de tudo um marco na historia da liberdade de negros que viveram e vivem ainda hoje uma existencia comum. O Harlem é um dos centros responsaveis pelo jazz. É um bairro excentrico onde palpitam os anseios de uma comunidade. Onde homens fazem jazz sob qualquer pretexto, quando não o fazem como meio de vida.

Comenta-se que o negro que não tocou jazz no Harlem não passou pela prova de fogo maior. Ellington, Fitzgerarld, Billie Holliday, "The Lion", todos tiveram sempre essa credencial que lhes valeu exitos. E como certa vez afirmou Ellington: O Harlem é o berço do jazz castiço. Quem quer que tenha feito jazz ali, aprendeu como os negros tocam. Exauriu-se em "jam-sessions", arrancou "cachês" insignificantes, conheceu "gangsters", ingeriu drogas e encontrou um caminho. Um caminho perigoso onde negros e brancos evitam encontrar-se nas madrugadas.

sábado, 30 de outubro de 2010

Um pouco mais da viagem!! Vai Um Lanchinho ai???


O Guns and Bums é conhecido em Beirute como a lanchonete do “Hezbollah”. Diz a lenda que o xeque Hassan Nasrallah apenas come o cheese burger deste restaurante, cuja localização, para muitos libaneses, é uma incógnita. O local, me diziam, era frequentado apenas por militantes da organização xiita. Uma equipe da rede Globo, recentemente, tentou fazer uma reportagem sobre a lanchonete, mas acabou detida pelos integrantes do Hezbollah. Afinal, o Guns and Bums não fica no Líbano, mas em um outro país que divide o mesmo território – a Hezbollândia.
Como turista, embora muçulmano, não tenho autorização do Hezbollah para filmar, tirar fotos em Dahieh, no sul de Beirute, que é controlado pela organização.
A saída, para ir ao Guns and Bums, foi convidar o Khaled, um motorista/fixer amigo meu que conhece a região. Garanti a ele que não iria tirar fotos, nem filmar. Eu menti, é claro!. Pegamos o carro dele e circulamos pelas ruas de Dahieh, que tem o trânsito controlado por membros do Hezbollah. Passamos perto de alguns campos palestinos, uma mesquita e, de repente, dou de cara com uma lanchonete que lembra estas de estrada no Brasil. Havia umas pessoas que até poderiam ser membros do Hezbollah. Não tenho certeza. Afinal, não podia perguntar. Tinha também uma mãe, acompanhada dos filhos de uniforme escolar, comprando o almoço.
Pedi o cardápio, que está na foto acima. O que me chamou a atenção é que eles têm um prato para o almoço denominado “Terrorist Meal”. Note que a lanchonete é supostamente o ponto de encontro do Hezbollah para tomar lanche. E eles orgulhosamente chamam o prato de “terrorista”. O preço é de 8.000 liras libanesas, o que dá um pouco mais que US$5. Outras opções incluem o B52, M16, Klashinkov entre outros. Eu pedi um hamburger comum. Demorou uns vinte minutos, apesar de slogan da lanchonete dizer que o hamburger fica pronto mais rápido do que um tiro. O tempero é diferente, meio picante. Para beber, tinha apenas Pepsi. A batata frita vinha dentro do sanduíche, e não ao lado.
Honestamente, não é das melhores atrações de Beirute. Tampouco vi o Nasrallah ou qualquer figura relevante do Hezbollah. E, segundo me disseram, os donos do Guns and Bums, que são da organização xiita, querem abrir franquias no centro reconstruído de Beirute e, como não poderia deixar de ser, em Dubai, e quem sabe na AV. Angelica, em São Paulo – “made in Hezbollândia”.Vou esperar!!

Um Mundo em Transformação!


Um mundo em transformação, o homem colhe anos de agressão a natureza, e deixam um legado perigoso para futura gerações.


Ricardo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quer Fazer Uma Viagem Astral ?...aqui esta seu bilhete!!



7 Dicas de Robert Monroe para a Viagem Astral:


"De acordo com Robert Monroe, qualquer pessoa consegue viajar fora do corpo. Tudo que precisa é de pratica e da vontade de fazê-lo. A quem tentar a EECs, Monroe sugere os seguintes passos:

1-Num quarto escuro, onde você não seja perturbado, deite-se em posição confortável, com a cabeça em direção ao norte. Desaperte as roupas e tire as jóias;

2-Relaxe a mente e o corpo. Feche os olhos e respire de modo rítmico, mantendo a boca ligeiramente entreaberta;

3-Focalize uma única imagem, a medida que vai caindo no sono. Quando atingir aquele estado limítrofe entre a vigília e o sono relaxe ainda mais, concentrando-se na escuridão além de suas pálpebras;

4-Para induzir as vibrações que devam anunciar o ínicio de uma EECs, focalize um ponto a cerca de 30cm de sua testa. Aos poucos, vá afastando o ponto de foco para uma distância de 2m e desenhe uma linha imaginária pararela ao seu corpo. Focalizando esse plano, imagine as vibrações e faça-as penetrar em sua cabeça.

5-Assuma o controle das vibrações, guiando-as conscientemente através do corpo. Da cabeça para os pés e, depois, de volta. Assim que essas ondas puderem ser produzidas por comando mental, você estará pronto para tentar a separação do corpo.

6-Para deixar o corpo, concentre-se em quão agradável seria flutuar acima dele. Mantenha esses pensamentos e seu corpo astral deverá iniciar sua elevação.

7-Para retornar ao corpo físico, concentre-se apenas na reunião das duas partes."

Mulheres...Estas Mulheres!!!


Certo dia, parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus,disfarçadas entre nós. Pare para refletir sobre o sexto-sentido. Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você? E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento? E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!

"Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça..." Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto-sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil... As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em gerar vida, elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"... Tudo isso é meio mágico... Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança.).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravasam? Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens... É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem pedir uma a outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.

Quantos tipos de olhar existem? Elas conhecem todos... Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens! E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens. En-fei-ti-çam! E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas? Para estudar os homens, é claro! Embora algumas disfarcem e estudem Exatas... Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro". Quer evidência maior do que essa? Qualquer um que ama se aproxima de Deus. E com as mulheres também é assim. O amor as leva para perto dele, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.

É sabido que as mulheres confundem sexo e amor. E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida. Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.

Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo. Mas elas são anjos depois do sexo-amor. É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam.

Algumas até voam. Mas os homens não sabem disso. E nem poderiam. Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

De Malas,Partida, Chegada...


A chegada
A chegada, a difícil chegada. Quando se anda pouco, a vontade é de voltar logo para casa, mas quando se anda muito, sentimos um desejo imenso de continuar na estrada até cairmos de cansaço.

No avião de volta para o Brasil, fiquei pensando apenas em coisas absurdas: uma delas foi na bagagem. Durante estes 90 dias de viagem, celebrando os 20 anos de minha peregrinação pelo Caminho de Santiago, eu fiz a mala 44 vezes. E desfiz outras tantas – ou seja, 88 vezes eu estava ali, abrindo ou fechando o mesmo zíper, olhando o que trazia, perguntando a mim mesmo se faltava alguma coisa, ou se havia exagerado no número de camisetas e meias.

Claro, devia ter coisas mais interessantes para pensar, mas meu coração está vazio.

Meu coração está completamente vazio agora, enquanto olho a praia de Copacabana. A única coisa que consigo contemplar é a minha terra, o oceano, escutar de novo as pessoas falando português, alegrar-me por pisar o chão onde nasci, e ao mesmo tempo deixar-me levar por esta sensação misteriosa de ser um estranho para mim mesmo.

“isso é ruim”.

Eu respondo: isso é ótimo. Só mesmo corações vazios podem ser preenchidos com coisas novas. E depois de todo este percurso que me levou por quatro continentes, o fato de eu estar pensando apenas em quantas vezes fiz e desfiz a mala não é exatamente um problema. Meu coração será preenchido com tudo aquilo que vivi; mas para isso preciso de tempo, e não pretendo acelerar o processo.

Quando terminei o caminho de Santiago, em 1986, fiquei seis meses em Madrid, com a mesma sensação. Estou acostumado, e isso não me assusta, porque sei que em algum momento irei entender o que acabo de viver. Isso é a decisão que tomei em algum momento de minha vida, e na qual devo apostar tudo: as respostas surgirão na medida em que eu acreditar que nada é por acaso, que tudo tem um sentido.

Todo estudante de filosofia conhece o ateísmo presente na obra de filósofo francês Jean-Paul Sartre. Poucos conhecem um pequeno texto que ele escreveu em “As Palavras”:

“Eu precisei de Deus. Ele me foi dado, e eu o recebi sem compreender direito o que estava procurando. Então - porque meu coração não deixou que ele lançasse ali suas raízes, Deus terminou morrendo em mim.

“Hoje, quando o mencionam, eu digo - como se fosse um velho tentando reviver uma velha chama: “Há cinqüenta anos atrás, se não houvesse um mal-entendido, se não houvesse certos equívocos, se não houvesse o acidente que terminou nos separando, nós dois teríamos um belo caso de amor”.

Estou tendo neste momento um caso de amor com a Divindade.

Paulo Coelho

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Não é o fato de eu pertencer a cultura Àrabe...é uma questão Histórica!!


As imagens da força militar de Israel foram transmitidas ao mundo inteiro. Soldados disparando na cabeça dos feridos. Tanques derrubando paredes de casas, escritórios, o complexo de Arafat. Centenas de crianças e homens, com as cabeças encapuchadas, sendo levados à coronhadas para os campos de concentração; helicópteros artilhados destruindo mercados; tanques destruindo olivais, laranjais e limoais.

As ruas de Ramallah devastadas. Mesquitas e escolas crivadas de balas, desenhos de crianças feitos em pedaços, crucifixos transformados em cacos, paredes pichadas pelos saqueadores do exército israelense. Milhões de palestinos rodeados por tanques: com a eletricidade cortada, a água, os telefones, sem alimentos. As tropas de assalto arrombam as portas e quebram os móveis e utensílios domésticos, o que seja que torne possível a vida.

Por acaso alguém pode hoje em dia dizer que não sabia que os israelenses estavam cometendo um genocídio contra todo um povo amontoado nos sótãos, sob as ruínas de seus lares?

É negada deliberadamente aos sobreviventes entre os feridos e agonizantes a assistência médica; as decisões sistemáticas e metódicas do Alto Comando israelense são de bloquear todas as ambulâncias, de prender e até atirar contra os motoristas e pessoal de emergências medidas. Temos o duvidoso privilégio de ver e ler no mesmo instante como se desenvolve todo este horror por parte dos descendentes do Holocausto, os que com hipocrisia e rancor reivindicam o monopólio do uso da palavra que melhor descreve o ataque contra todo um povo, com a cumplicidade da maioria dos israelenses – exceto umas poucas almas valentes.

O público israelense, seus meios de comunicação e jornalistas se escandalizaram quando o português ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, José Saramago, confrontou-os com a verdade histórica: “O que está acontecendo na Palestina é um crime que podemos comparar com o que ocorreu em Auschwitz”.

O público israelense, ao invés de refletir sobre seus atos violentos, lançou-se contra Saramago por este ter se atrevido a compara-los com os Nazis. Em sua cegueira moral, Amos Oz, o escritor israelense e por muito tempo pacifista – até que Israel entra em guerra – acusou Saramago de ser um “anti-semita” e de uma “incrível cegueira moral”. A profunda imoralidade de uma guerra contra todo um povo é um crime contra a humanidade. Não há exceções especiais. São exatamente esses intelectuais israelenses e da diáspora que se dizem “progressistas” que expuseram sua própria cegueira nacional e sua covardia moral, encobrindo suas desculpas para o terror israelense com os trapos das vítimas do Holocausto de há 50 anos.

É preciso apenas ler a imprensa israelense para compreender a validade da analogia histórica de Saramago. Dia a dia, líderes proeminentes e respeitáveis eleitos pelo eleitorado judeu ‘bestializam’ seus adversários palestinos, tudo isso com o propósito de justificar melhor sua própria violência desenfreada. Segundo o diário israelense Ma Arriv – citado por Robert Fisk – um oficial israelense aconselha a suas tropas estudar as táticas adotadas pelos Nazis na segunda guerra mundial. “Se o nosso trabalho é tomar campos de refugiados densamente povoados em Casbh de Nablus, um oficial deve analisar as lições das guerras passadas, inclusive analisar como o exército alemão atuou no gueto de Varsóvia”.
Quando a imprensa hebréia acusou a Saramago de ser anti-semita, estavam dispostos a estender essa calúnia aos oficiais de seu exército e a suas tropas por utilizar as mesmas analogias?
Será que os oficiais israelenses também vão alegar simplesmente que “estavam cumprindo ordens” ao destruir edifícios com mulheres, crianças e idosos em seu interior?
Nos fóruns mundiais – desde a União Européia até as Nações Unidas e em todo o Terceiro Mundo - se condena Israel por atos contra a humanidade. Os defensores de Israel descobrirão que tachar os críticos de “anti-semitas” já não intimida as pessoas. A opinião pública mundial viu e leu muito. Estamos nos dando conta de que as vítimas podem se transformar em executores; que a ocupação militar leva à limpeza étnica e às expulsões massivas; que os arranhões podem se transformar em gangrena.
De forma previsível, Washington apóia as poderosas organizações judias e os militaristas da extrema-direita: É somente o governo que respalda o terrorismo do estado israelense, contra os líderes de fé cristã e muçulmana, e contra os interesses das maiores companhias petroleiras e de seus aliados da Arábia Saudita e do Kuwait.
Enquanto que pequenos grupos de dissidentes israelenses protestam e muitos reservistas se negam a servir no exército de ocupação, o comentário de Saramago sobre a opinião pública israelense se aplica igualmente à maioria da diáspora pró-israelense: “Um sentimento de impunidade caracteriza hoje em dia o povo israelense e seu exército. Foram transformados em rentistas do Holocausto”. Com a prática de um estado policial qualquer, Israel retirou todos os livros de Saramago das livrarias e das bibliotecas. Com a mesma seriedade com que se preparou para o genocídio, o estado israelense proibiu a entrada de todos os jornalistas aos guetos palestinos, a exceção daqueles que absorvem os comunicados de imprensa do exército israelense.
Como na Alemanha Nazista, todos os homens palestinos entre 16 e 60 anos são capturados, muitos deles despidos, algemados, interrogados, e muitos deles torturados. As famílias dos combatentes da resistência palestina são feitas reféns, sem água, alimento ou eletricidade. Os soldados israelenses saqueiam as casas e roubam qualquer objeto de valor, destruindo os móveis. Como os nazistas, deixa-se morrer centenas de palestinos feridos enquanto que as tropas israelenses bloqueiam todas as ambulâncias. Centenas de milhares enfrentam a desidratação e a morte por inanição, dado que se cortou todo o fornecimento de água e alimento. Tropas israelenses, tanques e helicópteros, destruíram todas as cidades principais e campos de refugiados: Tulkarm, Al Bireh, Al Jader, Beit Jala, Oalquilya, Hebron. A descoberta de um só combatente da resistência resulta em culpa e castigo coletivos: pais, filhos, tios e vizinhos são arrastados pela força e levados aos campos de concentração, campos de futebol e parques infantis reconvertidos.
É evidente que a indignação israelense e judia pela equiparação feita por Saramago do terrorismo israelense com Auschwitz colocou o dedo sobre uma ferida sensível: o desprezo em relação a si mesmos dos executores que se dão conta de que são discípulos de seus carrascos e que, a todo custo, devem negar isso. Até hoje, todas as apelações feitas pelos árabes moderados perante Bush, para que intervenha para por fim ao massacre perpetrado pelos israelenses foram fúteis. Washington reiterou seu apoio a Sharon, à invasão e à guerra contra os palestinos. Não há nenhum poder nos EUA possa se contrapor ao dinheiro e à influência do lobby israelense e de seus poderosos aliados judeus. Em outros lugares, no entanto, há esperança. A Via Campesina e os seguidores de José Bové fizeram um apelo para por em prática um boicote dos bens e serviços israelenses. Israel depende fortemente de suas exportações à União Européia. As reduções nos envios de petróleo dos países exportadores, particularmente da Arábia Saudita, Kuwait, Iraque e Líbia poderiam provocar um forte aumento dos preços do petróleo e uma crise econômica de importantes proporções nos EUA, Europa e Japão. Isto poderia endireitar a covardia européia e despertar a consciência do público norte-americano.
O que está absolutamente claro é que enquanto que Tel Aviv contar com a alavanca do lobby israelense em Washington e com o apoio de Bus, não importa que quantidade de resoluções das Nações Unidas, Convenções de Genebra e apelos europeus sejam feitos, estes serão ignorados por completo. Na mentalidade de bunker de Sharon e de seus paranóicos seguidores israelenses são todos anti-semitas, seguidores dos Protocolos de Zion, que tentam desmoralizar os israelenses para que não realizem a missão bíblica de uma Grande Israel, um povo, uma nação, um Deus; a expulsão de todos os palestinos de sua Terra Prometida.
A opinião pública mundial não pode continuar passiva e repetir a tragédia do Holocausto judeu do século XX no século XXI. Ainda há tempo.
Mas por quanto tempo pode resistir um povo heróico sem água e comida?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Palavras!! O que o Mago Diz...


Sempre sabem o que é melhor para a gente
Evite o reumatismo

A centopéia resolveu perguntar ao sábio da floresta, um macaco, qual o melhor remédio para a dor em suas pernas.

"Isto é reumatismo", disse o macaco, "Você tem pernas demais. Precisava ser assim como eu; com apenas duas, raramente o reumatismo aparece".

"E como faço para ter apenas duas pernas?"

"Não me amole com detalhes", respondeu o macaco. "Um sábio apenas dá o melhor conselho; você que resolva o problema".



Posso ajudar?

Assim que abriu a igreja, o padre viu uma mulher entrar, sen­tar-se no banco da frente, e colocar a cabeça entre as mãos. Duas horas depois, reparou que a mulher ainda estava ali, na mesma posição.

Preocupado, resolveu aproximar-se:

"Posso fazer algo para ajudar?", perguntou.

"Não, obrigada", respondeu ela. "Eu já estava conseguindo toda ajuda que preciso, quando o senhor me interrompeu".

O jesuíta Anthony Mello comenta: "num mosteiro não estava escrito Não fale. Estava escrito: Fale apenas se puder melhorar o silêncio.”



Eu sei o que está certo

Um camponês voltava para casa, quando viu um jumento no campo.

"Não sou apenas um jumento", disse o animal. "Vi o Messias nascer. Vivo há dois mil anos, e estou vivo para dar este testemunho."

Assustado, o camponês correu para a igreja e contou ao pároco. "Impossível", disse ele. O camponês pegou-o pelas mãos e levou-o até onde estava o jumento. O animal repetiu tudo que dissera.

“Repito: animais não falam” disse o padre.

“Mas o senhor ouviu!” - insistiu o camponês.

“Como você é tolo! Prefere acreditar num jumento que num padre!“



Isso vai funcionar também conosco

Uma fábula do escritor libanês Mikail Naaimé pode ilustrar bem o perigo de seguir os métodos dos outros, por mais nobres que pareçam ser:

"Precisamos nos libertar da escravidão que o homem nos mantém", disse um boi aos seus companheiros. "Durante anos, escutamos os seres humanos dizendo que a porta da liberdade está manchada com o sangue dos mártires. Vamos descobri-la e entraremos ali com a força dos nossos chifres”.

Caminharam durante dias e noites pela estrada, até que viram uma porta toda manchada de sangue.

"Eis a porta da liberdade", disseram. “Sabemos que nossos irmãos foram sacrificados aí”.

Um a um, os bois foram entrando. E só lá dentro, quando já era tarde demais, foi que se deram conta: era a porta do matadouro.



Decidindo o destino alheio

Malba Tahan conta a história de um homem que encontrou um anjo no deserto, e lhe deu água. "Sou o anjo da morte e vim buscá-lo", disse o anjo. "Mas como você foi bom, vou lhe emprestar o Livro do Destino por cinco minutos; você pode alterar o que quiser".

O anjo entregou o livro. Ao folhear suas páginas, o homem foi lendo a vida dos seus vizinhos. Ficou descontente: “estas pessoas não merecem coisas tão boas", pen­sou. De caneta em punho, começou piorar a vida de cada um.

Finalmente, chegou na página de seu destino. Viu seu final trági­co, mas quando preparava-se para mudá-lo, o livro sumiu. Já se tinham passado cinco minutos.

E o anjo, ali mesmo, levou a alma do homem.