domingo, 18 de julho de 2010
Aos Verdadeiros Amigos!
Estou muito feliz com os verdadeiros amigos me ajudando e dando força, carinho e confiança nessa época difícil. Todos sabem o quanto sou recluso, mas ainda assim me procuram pra me tirar do marasmo. O conhecimento de como as coisas se processam "do outro lado" ajuda bastante a encarar as dificuldades com resignação para, quem sabe, virar o jogo no futuro. Ninguém é inocente, ninguém é vítima. Somos todos algozes em eterno aprendizado. Eu aprendi muito nesses meses, e ainda tenho muito que aprender. A primeira lição que ficou marcada a ferro e fogo foi o desapego das coisas materiais e sentimentais. Nada é permanente. Temos que aprender a conviver com mudanças. Nem sequer nossa vida nos pertence.
Agora... Achava que o amor desafiaria essa lógica budista. Se fosse verdadeiro, o amor sobreviveria a tudo. Mas transmuta-se, como tudo nesse mundo. É preciso que o espírito compreenda o amor em toda a sua extensão, para que apreenda a sua essência, seja como o amor de uma mãe, amor de filho, de marido, ou de verdadeiros amigos...
A essência das coisas não muda, pois é Divina, como bem antevia Platão. Portanto, faça o que fizer, pense na essência. Lute para que o que você estiver fazendo sobreviva ao tempo, pois só a essência dos atos permanece. O amor é energia sutil, mas poderosa. Precisa ser trabalhada, lapidada, como uma pedra preciosa, ou pode vir a converter-se facilmente em ódio. O amor constrói, o ódio destrói. Por isso a dualidade do Deus Brahma, o criador, e sua representação em Shiva, o destruidor/transformador. São polaridades da mesma energia mental. Assim como no Zoroatrismo, hoje estamos em eterna luta com nossas metades, a "boa" e a "má", até um dia percebermos que não existe bem ou mal, e sim ação. É regra geral no universo que o que se faz tem retorno. É a colheita da qual nos falaram Jesus e Buda.
Por falar nos dois, estou andando pra baixo e pra cima com o livro Jesus e Buda - Diálogos, de Carrin Dunne. As páginas finais são uma coletânea de ensinamentos de ambos, que se interpenetram em sua sabedoria, que precedia o tempo deles, e até mesmo o nosso, onde não estamos intimamente preparados para a revelação total. Eu leio e releio esses ensinamentos, que são como bálsamo refrescante para minha alma.
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